Como é importante compreender este papel, e Paulo fala sobre isso de maneira especial, quando diz: “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.” (Atos 20:28, BEARA), e um pouco antes ele afirmou sobre a sua própria atitude: ” …Vós bem sabeis como foi que me conduzi entre vós em todo o tempo, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, servindo ao Senhor com toda a humildade, lágrimas e provações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram, jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa, testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus [Cristo].” (Atos 20:18-21).
E nós? Temos nos portado como Paulo, temos agido da mesma maneira, ensinando e conduzindo as pessoas ao amadurecimento, não como donos, mas como guardiões, como exemplo, como tutores que levam as pessoas ao amadurecimento para serem semelhantes a Jesus, para serem instrumentos usados por Deus para a glória do Seu nome? Ou procuramos somente manter as pessoas conosco, como nossos seguidores?
Precisamos entender que o nosso papel não é juntar pessoas à nossa volta, mas, levá-las ao conhecimento de Deus por meio do arrependimento, depois conduzí-las ao amadurecimento, para que compreendam que precisam correr a carreira proposta, e então, serem instrumentos de Deus para a edificação de outras vidas, instrumentos de reconciliação dos homens com Deus, úteis ao Criador na expansão do reino, sendo sal e luz neste mundo. Não é nosso papel manter as pessoas conosco, fazendo o que desejamos, mas, levá-las a compreender que precisam obedecer ao Senhor, serem instrumentos para Ele e para o Seu reino.
Precisamos ser zelosos nesta missão, compreender o nosso papel na condução das pessoas ao amadurecimento, no ensino. Precisamos entender a nossa limitação e deixar que o Senhor use instrumentos à nossa volta para a edificação da igreja. Nos falta muitas vezes a visão de conjunto de complemento uns dos outros no realizar da vontade de Deus, porque queremos muitas vezes exercer a primazia, sermos o único responsável, e não compreendemos que não é assim na igreja, não é assim a vontade do Pai.
Precisamos ser zelosos quanto às vidas, compreendendo a nossa limitação, e sendo usados, como deixar Deus usar outros para complementar a nossa deficiência de maneira que haja crescimento e assim, ocorra o amadurecimento, e como membros do corpo, todos cooperando para a edificação, geremos vidas que sejam luz neste mundo, sal nesta terra de maneira que a igreja cumpra o seu papel neste mundo, revelando o reino de Deus, cumprindo a vontade do Pai e preparando filhos que gerarão filhos, que por sua vez cumprirão o seu papel neste jornada de gerar filhos que geram filhos.
Temos que ser zelosos pelo rebanho, precisamos entender que não somos donos das vidas e nem do rebanho de Deus e não podemos de forma alguma exercer a primazia sobre o rebanho, mas nossa função é conduzir as pessoas ao amadurecimento, crescimento e ao conhecimento da vontade do Pai.
Existimos e somos instrumentos para conduzir, por ensino e exemplo, as pessoas ao amadurecimento e para serem semelhantes ao Senhor, para que santifiquem o procedimento de maneira a revelar em todos os atos a natureza e a vida de Deus, e assim, testemunhemos como igreja a glória e a vontade do Pai.