Na carta aos romanos Paulo fala de transformação, de mudança, como está escrito: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. ” (Rm 12:2).
Por isso precisamos entender do porque mudar. Não se trata de um aspecto para nós, voltado para os nossos interesses. A mudança, a transformação de mente, de entendimento que ele fala em sua carta está no que precisamos entender da transformação de natureza que Deus empreendeu no plano espiritual ao nos conceder da Sua vida, Sua natureza.
Ele nos deu um novo coração, um coração não para continuarmos a viver da mesma maneira e pensarmos da mesma forma que fazíamos, mas, para pensarmos como Deus, manifestarmos uma transformação de natureza que foi realizada. É algo que provém do interior para o exterior. Não se trata de mudança de forma e método, mas, de materialização de uma transformação espiritual realizada por Deus através da obra redentora de Jesus Cristo.
Mas, a grande pergunta que temos que fazer está relacionado a: por que mudar? Por que temos que mudar?
O experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus não está para o nosso benefício, mas compreendendo a natureza de Deus, o que fez por nós, a Sua compaixão revelada por nós, e nós agindo da mesma maneira para com os outros, revelaremos a vida e a natureza de Deus, e assim, manifestaremos ao mundo quem é Ele. Mudamos não por nós, e nem para nós, mas sim, para que quem é cego, veja. Para aqueles que estão escravos do pecado, dominados pelo poder que domina este mundo sejam libertos. Mudamos, porque precisamos revelar compaixão para com as pessoas, como Deus fez.
A mudança nem sempre é agradável, nem sempre traz conforto, pois implica em alterar o “status quo”, implica em jogar fora paradigmas e adotar novos métodos, novas formas. Por isso, precisamos entender que vivemos não uma religião, mas um reino. Temos um reino para revelar, temos um Deus para manifestar ao mundo e somente desempenharemos adequadamente este papel se jogarmos fora tudo que somos, tudo que compreendemos e tudo que nos traz conforto.
Mudamos a forma, mas não o fundamento, mudamos a maneira, mas não nos corrompemos, não perdermos os princípios, e nem negociamos os valores de Deus. Mudamos porque queremos, desejamos ansiosamente que as pessoas conheçam Deus. Somos instrumentos para revelar a justiça e a graça de Deus entre os homens. E só fazemos porque temos compaixão pelas vidas. Não mudamos porque nos agrada, porque é confortável, porque é legal, mas, porque temos um papel, temos uma responsabilidade diante de Deus e dos homens.
Precisamos compreender que temos que mudar, mudar os métodos, a forma, a maneira que fazemos as coisas, pois se não o fizermos o mundo não irá conhecer o Deus que conhecemos, não experimentará a vida de Deus e nem o Seu amor. Temos que ter urgência em mudar, em revelar o reino de Deus, mesmo que nos seja desconfortável, mas é a única forma de alcançarmos quem tanto depende de nós, como indivíduos ou como igreja.