Assim como Jesus falou aos seus discípulos, assim este legado nos é confiado. Temos um reino que precisamos zelar: “Assim como meu Pai me confiou um reino, eu vo-lo confio,” (Lc 22:29).
Precisamos compreender o nosso papel, função e como devemos nos portar diante de tal responsabilidade. Temos que buscar e compreender a vontade e o querer de nosso Senhor para desempenharmos a nossa função de maneira que agrade aquele que nos confiou o Seu reino. O compromisso que assumimos perante o reino é individual, mas a manifestação do governo, do reino, da vontade de Deus, se revela por meio da igreja, através de seus membros, onde cada um tem uma função e a deve desempenhar com louvor, para ser chamado de servo bom e fiel, segundo as determinações daquele que constrói a sua igreja.
Se não desempenharmos, se não nos comprometermos individualmente, se não realizarmos o nosso papel no contexto do corpo de Cristo, a sua igreja, conforme é da Sua vontade, então seremos como o servo que não fez nada com relação a uma dracma que lhe foi confiada, sendo negligente e irresponsável diante do reino e da vontade do Pai.
Não é uma questão de eu querer fazer tudo, executar todas as coisas, ser o “homem”. Não se trata disto. Mas, de compreendermos a nossa função, de compreendermos a vontade do Pai e nos submetermos a ela. Precisamos ter o entendimento que uma carreira nos é proposta, e esta envolve o processo de amadurecimento, de compreendermos a nossa responsabilidade diante de Deus e dos homens. Precisamos amadurecer, buscar a nossa semelhança com Cristo, negando a nós mesmos, morrendo para os valores e pensamentos deste mundo e amadurecermos. Não se trata de posição dentro de instituição, mas de compreender o que devemos e como devemos nos portar, agirmos segundo o governo do Senhor, pois é Ele quem edifica, e recebemos a nossa incumbência no corpo por meio do Espírito Santo que nos lembra de todas as palavras e ensinamentos do Senhor.
Só podemos desempenhar bem o papel com o processo de amadurecimento, de crescimento, onde em cada etapa temos uma responsabilidade e um função compatível com o processo de amadurecimento que passamos. Por isso, tudo que fazemos, tudo que nos propormos a fazer, devemos compreender se é da vontade do Senhor, ou se Ele está nos chamando para que perseveremos nesta jornada de amadurecimento, de maneira a podermos no tempo oportuno desempenhar de maneira agradável ao Senhor e Sua vontade.
Por isso, quando Jesus afirmou que o primeiro é o que serve, temos que entender que o papel do mais maduro é conduzir o mais imaturo neste processo, não cerceando, não impedindo, mas conduzindo no amadurecimento e na compreensão do querer e da vontade de Deus. Temos que ter o entendimento que o rebanho é do Senhor, e que o nosso papel é a condução de todos ao amadurecimento e a expressão da vontade e do querer do Pai. Como ensinamos? Como ajudamos aos outros a liberarem tudo aquilo que o Senhor está fazendo? Sendo exemplo, sendo testemunhas vivas, ensinando os outros a fazer pelo exemplo, pelo testemunho de obras. Não somente por palavras.
Um reino nos é confiado para desempenharmos o nosso papel da maneira que agrade ao nosso Senhor e para que preparemos outros, pelo nosso exemplo e testemunho para que façam a mesma coisa, da mesma maneira, da mesma forma. Que o Senhor nos conduza neste processo de sermos instrumentos no reino.