A nossa função está vinculada ao entendimento de que somos novas criaturas, nascemos de novo, nascemos do Espírito, como Paulo escreveu: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura ; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. ” (2 Co 5:17). Esta consciência que somos novas criaturas e como ele escreveu: ” E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Co 5:15). Tendo este entendimento que não devemos viver a nossa vida para nós mesmos, mas para Ele, e compreendendo que o papel que Ele nos deu foi de ir ao mundo e pregar o evangelho, levar as boas novas (isto é em palavras e ações que traduzem quem somos).
Mas qual o nosso papel de fato? Precisamos compreender que fomos reconciliados, e que sendo Dele, e vivendo para Ele, não nos resta alternativa, que não seja viver a Sua função neste mundo, como Paulo escreveu: “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.” (2 Co 5:18-20).
Precisamos entender que o nosso papel não é levar pessoas para a igreja, mas sim, levar a igreja até as pessoas. Revelar, por meio da igreja, o reino de Deus, manifestar ao mundo a justiça e a vida de Deus que se revela por meio do corpo, a igreja universal. Não estamos aqui para defender esta ou aquela denominação, este ou aquele ensino, mas firmados na verdade, como membros do corpo, como membros uns dos outros, temos o papel de levar a reconciliação aos homens, não como acusadores de suas transgressões, mas com boas novas de esperança e vida, sendo o bom perfume, revelando a vida e a graça de Deus para que possam compreender que vivemos pela graça, por meio da fé em Jesus Cristo, que olhamos para o que é eterno.
Não vivemos para defender instituições e opiniões de pessoas, mas, para cumprir, manifestar e revelar o reino de Deus conforme Jesus anunciou. Temos o papel da reconciliação, temos a função de levar o reino, e somente o reino de Deus, nada mais, nada menos.
Como fazemos isso? Pelo compromisso individual que cada um deve e tem que assumir perante o Criador. Temos que entender que este compromisso é individual. Honrar a Deus, amá-lo sobre todas as coisas, nos comprometer com os Seus valores, Suas virtudes e o Seu reino. Ninguém faz isso por nós e nem para nós. Precisamos entender que morremos para nós e nossos desejos e que agora, somos do Senhor e para o Senhor. Tendo este entendimento e tendo a compreensão do preço pago pela nossa libertação, nos sujeitamos a Deus para revelar as Suas virtudes. Quando fazemos assim, então, na comunhão, com os irmãos, no corpo, na igreja universal revelamos as virtudes e a vida de Deus. Manifestamos o reino de Deus em tudo o que fizermos. E ao fazermos assim, então levamos a vida de Deus ao mundo, manifestamos Jesus como Senhor e o único e suficiente salvador. Assim fazendo, estamos levando a igreja, o reino de Deus ao mundo. E agindo desta maneira, então cumprimos, por meio de palavras e ações o nosso papel de levar a reconciliação a todos os homens.
Cumprimos o ministério da reconciliação quando nos propomos a correr a carreira rumo ao nosso destino, quando santificamos os nossos atos, quando nos sujeitamos a Deus e queremos ser Seus imitadores.