Um bom soldado e um bom atleta

Este é o ponto que precisamos compreender que é o significado de ser um bom soldado, um bom atleta. Se não tivermos o entendimento não estaremos comprometidos com o reino de Deus na perspectiva que necessitamos. Paulo fazendo esta referência, afirma: ” Nenhum soldado em serviço  se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou.  Igualmente, o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas.” (2 Timóteo 2:4-5).

O que se espera de um soldado quando vai à guerra? O que se espera de um atleta quando se prepara e vai à uma competição?

Pode um soldado ir a guerra pensando na família, nas coisa que deixou para trás, nas possibilidades que tinha, no que estava fazendo, no que poderia fazer? Não, sabemos que não. Pode ele fazer o que quer da forma como quer? Não, ele tem um superior, um chefe que determina o que  e como deve ser feito. O envolvimento e o comprometimento dele com a tarefa que tem que ser realizada deve ser total e de forma plena, pois se fizer mais ou menos irá perder a própria vida, não será útil aos seus companheiros, não ajudará de forma efetiva no objetivo da missão, não se comprometerá com o seu capitão no que tem para fazer. Quando falamos de um atleta, o comprometimento dele deve ser o mesmo. Seja competindo individualmente, ou em equipe. Se não houver a dedicação, a garra, o resultado a ser colhido será muito aquém do que poderia ou era esperado. A vida de uma atleta deve ser voltada inteiramente para se preparar para a competição, para alcançar o prêmio, para o primeiro lugar, não outra coisa. Qualquer outra atitude implica em perder o verdadeiro prêmio. Este tipo comprometimento podemos ver em vidas como a de Airton Senna, quando ele afirmava, que o segundo lugar somente era o primeiro dos perdedores. Na vida deste homem, podemos observar o compromisso que tinha com a vitória, com o prêmio, com o primeiro lugar.

Quando falamos do reino de Deus, devemos ter a mesma motivação e atitude de um soldado e de um atleta. Não se trata de uma concorrência, mas de uma luta contra nós mesmos, contra a carne, contra o pensamento humano, contra a nossa vontade. É pensarmos na vontade de Deus, no querer de Deus, no desejo do Pai, no seu plano, no objetivo de conquistar o inferno (arrebentar as portas do inferno), retirando pessoas das garras do pecado, da cegueira e trazendo luz e libertação. Estamos entendendo do que estamos falando? Fomos chamados das trevas (da cegueira espiritual), fomos libertos do poder do pecado, do império das trevas e transportados para o reino do Seu filho, fomos chamados para proclamarmos as suas virtudes, entendemos?

A diferença de nosso Deus para um comandante de um exército é que não existe a ordem e a obediência, mas sim, o entendimento, a compreensão e a submissão à vontade do Pai, por saber que é a melhor, que não existe alternativa e opção melhor que não seja fazer a Sua vontade. Mas a motivação, o compromisso, o envolvimento tem que ser o mesmo, caso contrário o resultado a ser colhido não será o desejado e preparado por Deus.

 Ele não nos chamou por causa das nossas obras, mas  conforme a sua determinação e graça (2 Tm 1:9) para sermos para louvor da Sua glória, expressão da Sua vontade, manifestação da Sua vida entre os homens. Por isso, tendo sido chamados para esta santa vocação, para sermos imitadores de Deus, embaixadores, reveladores da graça e do Seu amor entre os homens, não nos resta outra alternativa que não seja, vivermos o reino de Deus conforme o seu coração, por isso precisamos nos apartar de toda injustiça, pois professamos o nome do Senhor (2 Tm 2:19).

Quando compreendemos  a nossa vocação, quando compreendemos que qualquer coisa que desagrada a Deus deve ser rejeitado, abandonado, que devemos despojar, jogar fora, então estamos nos preparando para sermos vasos para honra, pois o que se purifica, será útil ao Senhor, e estará pronto para toda a boa obra (2 Tm 2:20-21). Quando nos purificamos, quando rejeitamos toda obra segundo o pensamento do mundo, quando tornamos santos os nossos procedimentos, estamos sendo bons soldados, bons atletas que Ele deseja de nós.

Que possamos agir segundo o coração do Pai, sendo comprometidos com a Sua vontade, assim como foi o nosso Senhor. Que aprendamos a servir e honrá-Lo em todas as nossas obras.

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Um bom soldado e um bom atleta