Por que o conhecimento?

A nossa ignorância (desconhecimento) da vontade de Deus nos leva a um misticismo religioso que nada tem a ver com o reino de Deus. Saimos do equilíbrio entre corpo, alma e espírito, ou seja, uma vida dirigida pelo Espírito, com um propósito, para a esfera da alma, do sentimento, na busca incansável de satisfação de interesses e desejos egoístas, e não no cumprimento da vontade de Deus.

Paulo escrevendo aos irmãos que moravam em Colossos, afirma o seguinte: ” Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual;  a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus;” (Colossenses 1:9-10).

Portanto, fica a pergunta: Qual é a importância do conhecimento em nossa vida e na jornada que temos de tornar-nos santos em nosso procedimento, no percorrermos a carreira proposta?

Precisamos nos lembrar sempre que somente conhecimento não nos levará a lugar algum, somente nos fará mais religiosos. Mas, o conhecimento, tendo uma vida guiada pelo Espírito, nos leva ao amadurecimento e a expressão da vontade de Deus. Isto que precisamos guardar em nossas mentes e nos lembrarmos sempre para não formarmos prosélitos e nem levarmos uma vida de religiosos.

Qual a importância do conhecimento para a nossa vida? Ele permite compreendermos a nossa origem, nosso estado, nos dá o conhecimento do pecado (Rm 3:20). Este mesmo conhecimento nos concede a oportunidade de recebermos, reconhecermos a obra salvadora de nosso Deus (2 Ped 1:2; Jo 3:16; 17:3, 1 Tm 2:4-6),  podemos alcançar a verdade (Tt 1:1), nos leva a nos tornarmos semelhantes ao Senhor Jesus em nosso procedimento (Fp 3:10-11; 1 Ped 1:15), também  nos faz sermos frutíferos na jornada de crescimento e conhecimento de Deus (2 Ped 1:5-9), e ainda nos dá o conhecimento dos caminhos de Deus (Rm 11:33-36).

Se não tivermos o conhecimento da vontade de Deus, não expressaremos o nosso amor para com o Ele, pois, quem O ama obedece aos seus mandamentos, mas se não temos o conhecimento dos Seus mandamentos não expressaremos Seu amor. Sem o conhecimento não saberemos que toda a lei se resume em amar ao próximo como a nós mesmos. Sem o conhecimento do que que seja amor, ficaremos a pensar que é sentimento para com as pessoas e não obra independente de merecimento.

Sem o conhecimento da vontade de Deus não nos empenharemos na jornada e nem no que devemos fazer para nos tornarmos santos em nosso procedimento e nem no cumprimento da carreira proposta, pois não saberemos o caminho a seguir, ficará somente discussão pela discussão, palavras ao vento que não produzirá obras em nós.

Com o conhecimento da vontade de Deus saberemos que: Ele, na cruz nos libertou do império das trevas, que Ele é a imagem, a expressão do Deus invisível, que Ele é o cabeça da igreja, e que nos reconciliou com por meio da Sua morte na cruz. E esta morte, este sangue vertido é que nos apresenta santos, inculpáveis e irrepreensíveis diante de Deus, e que isto não depende de nós, de nossas obras. É o conhecimento que nos leva ao entendimento do mistério de Deus que se revelou em Cristo.

Com o conhecimento entenderemos que precisamos andar nele, não nos deixaremos ser levados por toda sorte de doutrina e pensamento do homem, não nos deixaremos ser guiados por conjunto de ordenanças que tem aparência de sabedoria, mas que são doutrinas de homens; mas que não tem valor algum com relação ao pecado.

Entenderemos que precisamos buscar as coisas do alto, ou seja, viver segundo os valores do reino de Deus, seus fundamentos e andando pela natureza de Deus que nos foi concedida no novo nascimento. Que precisamos fazer morrer a natureza humana.

E entenderemos que fazer morrer a natureza humana é não praticarmos as obras da carne, como: prostituição (segundo a perspectiva de Jesus), impureza, paixão lasciva, desejo maligno, avareza, indignação, maledicência, linguagem obscena, mentir. Entenderemos que devemos nos revestir do novo homem, nos cobrir de atos de misericórdia, compaixão, bondade, humildade, mansidão, longanimidade. Temos de nos suportar uns aos outros, perdoar. Os vínculos de nossos relacionamentos devem ser guiados pelo amor, que é o vínculo da perfeição. Tudo o que fazemos, devemos fazer para o Senhor, inclusive o nosso trabalho secular, fonte de nossa sobrevivência.  Devemos portar com sabedoria para com os que não conhecem o caminho, devemos remir o tempo, praticar as obras de justiça. E termos uma palavra temperada, sabendo o que responder a cada um.

Somente viveremos a vontade de Deus, seremos expressão da Sua vida, manifestaremos o reino, se tivermos entendimento de quais são os valores do Seu reino. Caso contrário, seremos levados de um lado para outro por toda sorte de doutrina e pensamento de homens.

O preço pago foi alto, o compromisso com Deus é sério, e precisamos entender que não existe meio termo, não existe mais ou menos, não existe “o ficar no muro”, estamos de um lado ou de outro, é preto no branco, isto é ou estamos no reino ou fora dele. Como Jesus falou, não dá para ser morno, temos de ser frio ou quente. Não dá para viver o reino de Deus e o do mundo, não dá para servir a Deus e às riquezas (idolatria), não da para ser servo mais ou menos. Precisamos entender que é um compromisso sério, o Filho de Deus, deu a vida por nós, e nós, devemos fazer o mesmo por Ele e por Seu reino.

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Por que o conhecimento?