Na história das dez minas que Jesus contou, embora tendo chamado dez servos, ele comenta sobre três e dá o destaque para um. Nós focamos nos três, damos importância a dois e esquecemos do terceiro. Um outro fato importante é que menciona o grupo que o odiava e a estes, dá menos importância ainda: “Então, disse: Certo homem nobre partiu para uma terra distante, com o fim de tomar posse de um reino e voltar. Chamou dez servos seus, confiou-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu volte.” (Lucas 19:12-13).
Dos dez o que aconteceu com os sete? Nada de diferente ou do que se esperava deles. Fizeram o que deveriam fazer e como deveriam fazer. Dois foram excepcionais que mereceram o elogio de seu senhor. Mas um, a quem Jesus referenciou como negligente, foi o que recebeu mais destaque, por que?
Ele conhecendo o seu senhor, sabendo o que dele era exigido, o que ele fez? Este servo fez justamente o que o seu senhor não desejava e nem esperava que ele fizesse. Não fez o trabalho e nem desempenhou como queria. Ou seja, pegou o dinheiro que lhe foi confiado e guardou.
E nós, o que temos nós a ver com esta história? Como se aplica ao reino de Deus? Temos sido negligentes como foi este servo? O que temos feito com a riqueza que Deus depositou em nossas mãos? Qual é o nosso trabalho em favor do reino, de revelar o reino neste mundo? As obras que temos que fazer cumpre a vontade de Deus?
Recebemos dons e temos talentos que foram dados por Deus, o que temos feito com estes dons e talentos? Toda a capacitação que Ele concedeu, onde temos colocado? Temos usado para servir aos homens, segundo o pensamento e valores deste mundo? Ou temos usado em favor do reino de Deus para servir às pessoas dentro do propósito e plano do Pai?
Quem toma esta atitude de ser negligente perde a salvação pela graça por meio da fé em Jesus Cristo? Não, pois ao servo não lhe foi imputada a condenação, simplesmente perdeu a recompensa e demonstrou o quanto foi inepto com relação à vontade de seu Senhor. Não estamos fazendo a mesma coisa com os dons e talentos que Deus nos concedeu que deveríamos usar para a edificação da igreja, para revelar o reino de Dele neste mundo, para manifestarmos a justiça e as virtudes do Criador?
Precisamos compreender que quem nos comissiona, quem nos vocaciona não são pessoas, não são homens; mas Deus. Ele nos capacita para servirmos ao Seu reino e a Sua vontade. Mas no que traduz servir a Deus? Quando servimos às pessoas segundo os valores do reino, quando fazemos as obras de Deus neste mundo, quando por nosso meio deixamos que Deus seja conhecido, amado e honrado. Quando em nossas atitudes santificamos o nome do Pai, quando as pessoas olham para nós, para as nossas obras, veem o nosso Senhor que nos comissionou, que nos capacitou para vivermos segundo a Sua natureza.
Não podemos ser negligentes, não podemos desprezar e desconsiderar a responsabilidade e o trabalho que nos foi confiado por Deus para desempenharmos neste mundo.
Honrar o nosso Deus, amá-lo, serví-lo está no fato de servirmos, trabalharmos pelas pessoas, manifestando e fazendo conhecida a Sua vontade, seja através do evangelismo, do ensino, da admoestação, atuando como pastor das pessoas que lhes foram confiadas, para que possam amadurecer, conhecer e compreender a vontade do Pai e obedecê-lo.
Não estamos aqui para constuir o nosso “império”, nem para ter pessoas conosco, estamos aqui para serví-las, para levá-las ao amadurecimento e entendimento que não podem ser rebeldes e nem negligentes com relação a tudo que o Pai lhes confiou para servir outras pessoas e levá-las a compreensão do querer e desejo de Deus.
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