Este é um ponto que temos que estar sempre atentos. Não no que falamos; mas na verdadeira motivação, na razão como fazemos as coisas. Paulo escrevendo aos romanos afirma: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11:33-36, BEARA).
Nós afirmamos que queremos servir a Deus, mas o que significa este servir? As nossas atitudes e as nossas orações diante de Deus traduzem de fato as nossas palavras? Por isso a grande questão que temos que responder é: temos sido amigos de Deus? Ou O temos encarado como um prestador de serviço que tem que estar disponível para satisfazer as nossas necessidades e vontades? Usamos de Deus de fato, ou queremos usá-Lo, ou temos sido usados por Ele? Encaramos estes relacionamento com Deus como um relacionamento de comunhão, do desejo de conhecê-Lo, ou somente como uma divindade que existe para atender os nossos desejos quando fazemos o que lhe agrada?
Poucas coisas em nossa vida podem expressar tão profundamente o desejo do nosso coração quanto a oração que fazemos. Quando oramos, como temos feito? Temos despejado diante de Deus um caminhão de pedidos, temos colocado as nossas necessidades, clamado por elas, e quando não somos atendidos, pensamos que fizemos alguma coisa errada?
Temos baseado o nosso relacionamento com Deus num jogo de negociata, de promessas como base em benefícios a receber? Se o que fazemos é pedir, pedir, pedir achamos que temos relacionado com Deus, mas na realidade estamos em um relacionamento com uma divindade que não é o nosso Deus. O verdadeiro objetivo de Deus para as nossas vidas é que O conheçamos. Não é uma questão de “toma lá e dá cá”; mas sim, em um relacionamento de conhecer, por isso está escrito, conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor. A vida eterna é conhecer a Deus.
Se o nosso relacionamento com Ele tem sido baseado em negociata, em receber, em pedir; então de fato não queremos serví-Lo, queremos sim, é sermos servidos por Ele, queremos que Ele supra as nossas necessidades e carências. Não procuramos conhecê-Lo, O tratamos como uma divindade para suprir nossas necessidades e carências. Deus não existe e nem nos criou para nos servir. Ele quer é desenvolver relacionamento, quer que nós o conheçamos, experimentemos da Sua vida e do que Ele tem de melhor para nós; não o que achamos ser o melhor; mas o que Ele sabe e determinou que é melhor para nós.
O verdadeiro servir a Deus está na expressão de gratidão por tudo que fez e faz por nós sem qualquer merecimento. Se nossas orações expressam o coração que Jesus colocou diante do Pai: “não a minha vontade, mas a tua”; este é o verdadeiro servir a Deus, o conhecer Deus. A verdadeira vida, a vida eterna que Ele quer que tenhamos com Ele, está no conhecê-Lo.
O desejo do Pai é que o conheçamos ao ponto de podermos falar como Jesus: “Quem me vê, vê o Pai”. Ele quer ser conhecido, no mundo, por meio de nossas vidas. Ele quer que expressemos todas as suas virtudes neste mundo como filhos amados, e que as nossas obras falem dele. Não estamos para receber; mas para expressar gratidão por tudo que fez e faz por nós, e para que sermos a semelhança do Senhor em todos os nossos atos para a glória do Seu nome; pois “Porque Dele, e por meio Dele, e para Ele são todas as coisas. A Ele, pois, a glória eternamente. Amém”!
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