Para a mesma palavra igreja, podemos referenciar a comunidade dos santos, como referenciar a instituições humanas, onde tem pessoas que tem a esperança firmada em Jesus Cristo, esperam nele a Salvação pela graça por meio da fé. Não deveria ser esta a realidade; mas homens, movidos por seus interesses transformam as coisas espirituais em aparência de espiritual e usam para os seus próprios interesses.
Jesus foi muito claro a este respeito; Paulo falou sobre isso, Pedro, João. Mas não vemos este comportamento só no novo testamento, isto já faz parte da natureza humana, inclusive temos exemplos disto no velho testamento, quando Deus fala por intermédio do profeta Jeremias, onde podemos ler em Jeremias 7:8-11: “— Vejam! Vocês estão confiando em palavras mentirosas e sem valor. Vocês roubam, matam, cometem adultério, juram para encobrir mentiras, oferecem sacrifícios a Baal e adoram outros deuses que vocês não conheciam no passado. Fazem coisas que eu detesto, depois vêm e ficam na minha presença, no meu próprio Templo, e dizem: “Nós estamos seguros!” Será que vocês estão pensando que o meu Templo é um esconderijo de ladrões? Eu tenho visto o que vocês estão fazendo. Sou eu, o Senhor, quem está falando.“. Mas não está restrito só ao passado, este comportamento ainda perdura em nossos dias.
Temos transformado a comunidade dos santos em um covil de ladrões, onde pessoas inescrupulosas, usando da fé simples das pessoas, roubam, enganam, ensinam sofismas, criam dogmas, estabelecendo regras que são mandamentos de homens e que nada tem a ver com o evangelho de nosso Senhor Jesus, e em momento algum traduzem a boa nova da salvação.
Usam de uma cultura religiosa cristã que faz parte de nossas vidas, criando aparência de sabedoria, procurando espiritualizar aspectos materiais, estabelecendo assim ídolos nos corações das pessoas e não ensinando a verdadeira religião e nem sobre os valores do reino de Deus. Em vez de destruir sofismas, religiosidade a solidificam cada vez mais, usando em seu próprio interesse, buscando o seu benefício e lucro pessoal; transformando a palavra em negócio, usando a parcialmente e de forma distorcida da verdade expressa.
Precisamos como filhos, os que compreendem a verdade, que tem o entendimento claro do plano e do propósito de Deus; compreender esta situação e não combater em palavras, criticar; mas sim, nos esvaziando de nós mesmos, rejeitando todo o pensamento e vontade da carne de auto promoção, morrendo para a natureza humana, nos oferecer a Deus, o nosso corpo, nossos membros, como um sacrifício vivo, como Paulo escreve em sua carta aos romanos. Isto é, morrer para nós mesmos para que por meio de nosso corpo mortal, a vontade de Deus, as virtudes de Deus, os valores de Deus se expressem através de nossas vidas.
A igreja, o corpo de Cristo; onde cada um de nós, que cremos em nosso Senhor Jesus como Senhor e Salvador e que de fato, temos nos submetido a Ele como Rei em nossas vidas; é a expressão das virtudes de Deus neste mundo. A igreja, a comunidade dos santos, precisa assumir o seu papel neste mundo, expressando no coletivo, o compromisso individual assumido perante o Criador, para fazer a Sua vontade se cumprir na terra como ela é realizada nos céus.
Temos a responsabilidade perante o nosso Senhor, submetendo a Sua vontade, obedecendo os Seus mandamentos, transformar, materializar, em ações e obras, as verdades espirituais, e não espiritualizar aspectos materiais deste mundo. O nosso combate não se traduz em palavras, nem em ações corpo a corpo; mas sim, na expressão das virtudes de Deus neste mundo, revelando, por meio da igreja, quem é o nosso Deus.
O nosso combate não está no uso de métodos e força segundo o pensamento humano; mas sim, na decorrência de nos submetermos a Jesus, como Rei, ou seja, nos submetermos a Deus. Ao fazermos isso, as verdades espirituais se revelam, levando-nos ao compromisso e ao realizar da vontade de Deus, que se manifestará, através da condução do Espírito Santo, a expressão das virtudes Divinas.
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