Este é o ponto importante que precisamos refletir e qual o posicionamento que temos tomado frente as promessas realizadas por nosso Deus. Irá ele mudar as nossas atitudes? Quando pedimos um novo coração o que estamos esperando? Quando pedimos para retirar de nós todo o mal, o que de fato estamos clamando?
Um ponto importante que precisamos entender é que Deus não irá mudar as nossas atitudes, não nos dará um novo coração diferente do que Ele já nos concedeu quando entregamos a nossa vida em Suas mãos, quando nos convertemos e nascemos de novo. O ato de entregar, de ser reconciliado com Deus, segundo as Suas promessas nos assegura um novo coração, faz de nós uma nova criatura. Ele nos dá da sua natureza, conforme está na carta de Pedro: 2 Pedro 1:3-4.
Como cidadãos do reino de Deus, sabemos que temos que ser semelhantes a Jesus; devemos desenvolver a nossa salvação; correr para o alvo; ser imitadores de Deus como filhos amados; portanto temos que ser santos em todo o nosso procedimento; mas irá Deus mudar as nossas atitudes?
Não, Deus não irá mudar as nossas atitudes. Tudo que Ele tinha que fazer, Ele já fez; se fomos reconciliados com Ele. Mas, então, o que e quem tem que fazer alguma coisa, para que sejamos semelhantes em nossos atos e obras ao nosso Deus? Nós, pela capacitação recebida, como Pedro escreveu: “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça. Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis,” (2 Pedro 3:13-14). O que é empenhar? É se esforçar, é colocar toda a perserverança, esforço, dedicação em ser semelhante a Jesus. Por isso todos, tanto Jesus, como os apóstolos escreveram sobre isso, quando falavam que precisamos: negar a nós mesmos e tomar a cruz, fazermos morrer a natureza humana, ser santo em nosso procedimento. Isto não depende de Deus; mas sim de termos a consciência da nossa identidade, ou seja de quem somos, do que recebemos e passar a rejeitar toda obra do mal, e escolhendo a porta estreita em detrimento da porta larga, das opções fáceis, das atitudes segundo a natureza humana, e fazendo a decisão de viver segundo filho de Deus, sendo amigo de Deus.
Pedro escrevendo sobre este processo de aperfeiçoamento em sua segunda carta, 2 Pedro 3:7-14, dá nos uma visão clara para que ao executarmos as ações ali expressas, passamos a viver segundo a vontade de Deus, e todas elas dependem de atitude e ação que tomamos, não de Deus.
Deus não irá retirar o pensamento mau de nossa mente, não retirará de nosso coração o desejo de adulterar, o egoísmo, o orgulho, a arrogância; mas nos dá o caminho, a direção, além de nos ter capacitado para viver segundo Sua boa, perfeita e agradável vontade. Precisamos entender isto: Entregamos nossa vida a Jesus, temos Ele como Senhor e Salvador? Sim, se sim; então fomos feitos filhos, ou seja, somos filhos, recebemos da natureza de Deus; e fomos capacitados para viver segundo Lhe agrada. Portanto, o que temos que fazer? Rejeitar tudo e todo pensamento do mundo, valores segundo a natureza humana, olhando para o alvo, para o prêmio, nos empenhar para sermos achados nele sem mácula e irrepreensíveis, aperfeiçoando todo nosso procedimento, para sermos expressão de Jesus neste mundo, revelarmos a vida e a natureza de Deus entre os homens.
Deus não irá mudar as nossas atitudes, mas nos dá a capacitação e as condições para sermos semelhantes ao Seu filho Jesus, para expressarmos toda a Sua vontade neste mundo; sermos sal e luz.
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