Um dos aspectos que precisamos entender sobre a vida eterna é que ela não é algo para o futuro, para ser alcançada após a nossa morte; mas é algo disponível hoje, e como Jesus afirmou: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (João 17:3, BEARA). A vida eterna está relacionada a conhecer a Deus, ter o conhecimento de Deus, isto é, receber da vida de Deus. A vida de Deus é eterna, quando recebemos dela, então recebemos a vida eterna.
Ela somente é possível em Deus. A vida, a verdadeira vida, somente no Criador. Ele nos concede quando recebemos de sua vida, quando somos reconciliados, quando obtemos a salvação de nossa alma. A salvação, a reconciliação é alcançada não por obras que possamos realizar; mas mediante a fé em Jesus Cristo, no entendimento que a sua morte na cruz, foi um sacríficio em nosso lugar, para que por intermédio de sua obra na cruz, recebamos a salvação. Precisamos entender que a salvação envolve o reconhecimento de nosso estado pecaminoso, nossa separação da vida de Deus, e que Jesus na cruz, com a sua morte, quando nos submetemos a Ele como Senhor e Salvador, arrependidos; Ele nos reconcilia com Deus.
Tendo este entendimento, nascemos de novo, somos feito nova criatura, recebemos um novo coração, um coração segundo o coração de Deus, recebemos da natureza de Deus. Por termos recebido da natureza de Deus, por termos sido feitos filhos, recebemos de sua vida, ao recebermos da sua vida, estamos de fato recebendo a vida eterna.
Tendo nascido de novo, tendo sido feito filhos de Deus, designados com cidadãos do reino, embaixadores do reino, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade de Deus; temos um papel a cumprir neste mundo. E na mesma oração que Jesus falou sobre o conhecimento de Deus ser a vida eterna, ele também, afirmou: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17:15-17, BEARA). Não somos do mundo e por não sermos do mundo, é do propósito do Pai, conforme Jesus continou em sua oração: “a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos;” (João 17:21-22, BEARA).
O mundo irá crer, quando expressarmos, embora na diversidade, a nossa união no Espírito Santo. Somos feitos um, fazemos parte da família de Deus, da nação dos filhos de Deus, somos o reino de Deus neste mundo. Ser nação, ser reino, ser sacerdócio real, é para cumprirmos a vontade do Pai neste mundo conforme oramos no “Pai nosso”. A expressão do reino de Deus se dá por meio da igreja, não prédio físico; mas o corpo de Cristo. Nós fazemos parte deste corpo, nós somos membros uns dos outros. O papel da igreja, nosso papel, é, em submissão a Deus, ouvindo e obedecendo ao Espírito Santo, revelarmos neste mundo as obras, as virtudes de Deus; segundo a Sua vontade estabelecida em tempos eternos.
A igreja, por favor, não a instituição religiosa, estrutura dos homens; tem um papel fundamental neste mundo; pois é através da igreja que a vontade de Deus é revelada, cumprida e exercida neste mundo. Ela é um contraponto, um freio para toda a maldade e pecado que tenta dominar e escravizar os homens, mantendo a sua ignorância, sua cegueira espirual. O papel da igreja é ser luz neste mundo, ser sal na terra. É por meio da igreja que a vontade de Deus é cumprida, os valores e virtudes de Deus são revelados. A expressão da vida de Deus por meio da igreja ocorre como resultado do compromisso individual ; mas que expressa de forma coletiva por meio da igreja.
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