Sofismas religiosos nos levam a compreensão errada do que é expresso na palavra, a agirmos voltados para nós mesmos, nossos interesses. Normalmente o ensinamento deturpado está voltado para o domínio, controle, opressão e atendimento de necessidades pessoais e não para a edificação, não voltado para o amor, não voltado para o crescimento do corpo e para que a Igreja do Senhor seja expressada por meio dos seus membros.
Precisamos ter consciência do corpo, precisamos ter o entendimento claro que não podemos voltar para nós mesmos, nosso pensamento, nosso mundo. Precisamos, sim, deixar de olhar as coisas como se tudo girasse segundo os nossos interesses; mas sim, em torno da vontade de Deus, Seu querer, Sua vontade, a edificação da igreja para que ela, em seu tempo, seja expressão da Sua eterna vontade nesta terra, testemunha para homens, sal e luz.
Quando agimos sem o entendimento de corpo, então; nos voltamos para nós mesmos, e não cumprimos, em nossa época o papel designado a nós como igreja. Paulo advertindo aos irmãos de Corinto, afirma o seguinte: “… O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão.” (1 Coríntios 10:14-17, BEARA), e no capítulo seguinte, ele fala: “…, estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja; e eu, em parte, o creio.” (1 Coríntios 11:17-18, BEARA).E para fechar este assunto, com relação a ceia, que é a expressão da comunhão, o momento de refletirmos sobre corpo, sobre nossas ações, ele afirma.
“Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si….” (1 Coríntios 11:27-30, BEARA)
A questão para examinar é uma questão de pecado qualquer? Ou é para examinar quanto a consciência do corpo, já que o pão que comemos que simboliza o corpo de Cristo e é para nos lembrar que comemos deste corpo; pois de Cristo nos alimentamos?
Precisamos entender que para Deus a coisa mais importante é termos a consciência que não somos o corpo; mas que nós individualmente, somos membros deste corpo, fazemos parte uns dos outros e existimos para expressarmos a vontade de Deus neste mundo, para revelarmos Suas virtudes.
Esta falta de consciência leva nos a pecar contra o corpo; pois as nossas atitudes refletirão o interesse próprio, a vontade nossa e não agiremos para a edificação da igreja, dos membros, para que todos cooperem para o crescimento, amadurecimento e para a expressão da vontade de Deus por meio da Igreja.
A nossa tendência será o nosso isolamento, a busca de nosso interesse e daqueles que são “nossos amigos”; estamos entendendo? Transformamos o que deveria ser expressão da vontade de Deus, na busca do interesse próprio, da vontade individual ou o atingimento de interesses de um grupo específico e não da igreja.
A falta de consciência de corpo nos leva a pecar contra o corpo, contra os irmão e consequentemente desobedecemos a Deus e não andamos segundo a expressão de amor que deve ser a nossa marca como filhos de Deus, pois quem ama, segundo Deus, não busca os próprios interesses; mas de todos.
Caso queira ouvir esta reflexão:
Caminhar na Graça 