Pelo meu Espírito

Alguns livros de velho testamento nos fazem refletir em nossos dias, guardadas as devidas proporções, sobre o que temos feito e como temos feito. Não analisamos o contexto que estamos, o sistema que estamos inseridos; e muitas vezes respondemos ao sistema e não a Deus.

Fazemos o que o sistema quer e não o que Deus espera de nós, como nação santa, como povo separado para o seu propósito. Agimos na força do pensamento humano, utilizando métodos humanos, com sabedoria humana. Queremos fazer a obra de Deus segundo a sabedoria humana. Agimos com egoísmo, e prestamos culto como se fosse o suficiente. Proclamamos o reino; mas vivemos cheios de egoísmo, orgulho, hipocrisia e sem manifestar compaixão.

Qual o resultado disto tudo? Guardadas as devidas considerações e aplicações, o que Ageu escreveu a nação de Israel, pode se aplicar a nossos dias: “Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? — diz o Senhor dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de sua própria casa. Por isso, os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra, os seus frutos. Fiz vir a seca sobre a terra e sobre os montes; sobre o cereal, sobre o vinho, sobre o azeite e sobre o que a terra produz, como também sobre os homens, sobre os animais e sobre todo trabalho das mãos. ” (Ageu 1:9-11).

Tendo consciência do fruto que temos colhido, dos resultados alcançados, o que devemos fazer? Devemos refletir sobre como temos feito, e talvez, rever a forma, os métodos; mas mais que isto, devemos rever o princípio, o fundamento, a razão porque estamos colhendo os frutos que temos colhidos, e assim, chegaremos a conclusão que temos misturado às coisas sagradas, o pensamento do mundo, e levarmos em conta a palavra do profeta: “Então, prosseguiu Ageu: Assim é este povo, e assim esta nação perante mim, diz o Senhor; assim é toda a obra das suas mãos, e o que ali oferecem: tudo é imundo.” (Ageu 2:14). E ai, então, refletindo sobre as obras que temos realizados, os resultados que temos colhido, podemos repensar o que temos feito, como temos feito, com que prioridade temos feito. Ao fazermos isso; podemos chegar a conclusão que as palavras de Zacarias, ao governador Zorobabel, façam sentido em nossos dias para as nossas vidas: “Prosseguiu ele e me disse: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.” (Zacarias 4:6, BEARA).

Se o que temos feito não é pelo Espirito, se o que temos conduzido, a forma como temos tratado não tem traduzido a prioridade de Deus; é então, momento de pararmos, refletirmos e revermos as nossas motivações, o propósito de vida que temos estabelecido para nós. Se temos priorizado os valores deste mundo, se temos colocado valores temporários a frente do que temos que fazer, se nossas metas são pessoais e focadas em valores transitórios deste século, se o que importar é a aparência, o provar quem somos, o que temos, e o que podemos; então, não estamos construindo sobre a rocha, que é Jesus.

Nossas prioridades não tem sido as de Deus, nossos valores não tem sido os Seus; por isso; os frutos colhidos são poucos e não refletem as promessas do Criador. Temos que rever, temos que repensar, temos que reconduzir as nossas vidas, arrependidos, ao propósito do Pai. Ele não pede sacrifícios pelas nossas próprias mãos, Ele não quer as nossas obras na carne. Ele não espera que façamos a obras na nossa força, que geremos o crescimento. Ele quer que nos disponhamos em suas mãos para realizar a sua vontade, por meio de seu Espírito. Ele espera, como Paulo escreveu em sua carta aos romanos, que ofereçamos os nossos membros como sacrifício vivo, santo e agradável a Ele, que é o nosso culto racional (Rm 12:1)