Eis a grande questão! Como seria o mundo sem qualquer pensamento de vida após a morte? Um mundo onde Deus não estaria presente? Onde a vida se dá no nascimento e termina na morte? Como seria este mundo sem Deus? Como seria se a vida fosse um “acaso”, um “por acaso”?
A grande maioria das pessoas acreditam na vida após a morte. E por causa deste valor buscam o sentido para vida, uma razão para o seu viver. Mas, se não tívessemos este pensamento, como deveria, ou como seria a nossa vida neste mundo?
Cultivaríamos valores e sentimentos como de compaixão, misericórdia, preocupação com o outro, teríamos pensamentos de ajudar o necessitado?
Paulo escrevendo em uma de suas cartas, afirma que se a nossa esperança neste mundo se resumisse a esta vida, seríamos os mais infelizes de todos os homens. Isto porque ele escolheu viver uma vida para servir aos outros. Por que sentimentos e atitudes tão nobre como as ensinadas por Jesus não teriam valor? Por que a busca de valores eternos não fariam qualquer sentido?
Não seria uma vida fútil, uma vida que valorizaria a juventude? Que buscaria a preservação do corpo? Da aparência? Preocuparíamos com a beleza do corpo? Cultivaríamos a aparência, o físico? Não seria uma vida voltada para preservar em nosso rosto e corpo toda uma juventude que se desvanece com o tempo? Que foge com a idade e com o passar dos anos?
Não seria uma vida que não peocuparíamos com o próximo? Que seria devotada inteiramente na busca de nossos interesses? Não seríamos egoístas? Não desprezaríamos a velhice e os idosos? Não teríamos respeito pela vida do outro? Por que pensar em valores nobres, valores como ajudar, como repartir, como demostrar misericórdia, compaixão se tudo que temos que focar é numa vida no hoje, no agora, para nós mesmos?
Onde colocaríamos o vazio que sentimos? O que faríamos com um desejo ardente de nos completar? De termos a plenitude? De sermos completos? Aquele desejo de alcançar e buscar algo maior, algo que faz sentido para nós? Que dê razão para viver?
Quando voltamos para nós mesmos, para as nossas vidas, para a busca de saciar o que nos falta e buscamos nos valores deste mundo, nos submetendo a um desejo desenfreado de consumo, de “estar em dia”. E a medida que alcançamos cada coisa, cada meta, o que sentimos? Mais frustrados! Mais derrotados! E com um sentimento de que precisamos de mais! Se ouvirmos o que nos fala o mundo, o que faremos? Continuaremos nesta busca insaciável de buscar algo para nos preencher. Relacionamento e mais relacionamento, consumo e mais consumo, sonho em cima de sonho, para quê? Para uma sensação de mais frustração!
Coloquemos Deus no mundo, coloquemos os valores preconizados por Jesus. Valores, como Ele falou: eternos, tesouro inestimável. Experimentemos a vida que Ele prometeu. Ele disse que saciaria a nossa sede, que preencheria as nossas vidas, que se construíssemos as nossas vidas sobre o fundamento que é a vida dele; então estaríamos construindo sobre a rocha firme. Ele nos promete paz, paz abundante, não segundo a paz do mundo; mas a verdadeira paz para a nossa alma.
Precisamos entender que o vazio que temos somente é preenchido em Cristo, quando reconhecemos que estamos afastados de Deus, estamos longe do Criador, e que este desejo é o desejo de estar com Deus. Fomos criados para andar e estar com Deus. Por isso, o que Jesus nos oferece é a reconciliação; mas mais que a reconciliação, ele nos oferece uma vida plena, ao andarmos debaixo do Seu senhorio, obedecendo aos seus mandamentos, a sua determinação de como deveríamos viver neste mundo. Não é uma questão de regra imposta; mas como um modelo a ser seguido, experimentado e vivido para que a nossa vida tenha um significado, para que tenhamos paz, experimentemos vida plena.
Não existe vida sem Deus, não existe razão sem Deus, não existe motivo para vivermos se não for para andarmos neste mundo segundo as promessas, palavras proferidas por Jesus Cristo.
Qualquer atitude de egoísmo, de orgulho, de arrogância, hipocrisia, mentira é uma vida sem sentido, sem qualquer signficado.
Jesus disse que quem desejasse ser o seu discípulo, deveria negar-se a si mesmo, tomar a cruz e seguí-lo. Ele demonstrou e ensinou isto na prática. João escrevendo o evangelho afirmou que todo que o recebesse seria feito filho de Deus. Também, disse que não existe nenhum outro nome através do qual somos reconciliados, recebemos a salvação de nossa alma.
Queremos vida? Queremos um sentido pleno para a vida? Então, só nos resta a opção de viver toda a vontade de Deus. Tudo que planejou e sonhou para nós. Devemos entregar as nossas vidas nas mãos de Jesus, reconhecendo que ele é o único caminho que nos conduz ao Pai.
Negarmos a nós mesmos, é negarmos tudo que escolhemos e a forma como temos vivido. É o simples ato de confessarmos que temos andado fora do propósito de Deus, que não o conhecemos. Que reconhecemos que até então, temos conduzido as nossas vidas, sido senhores de nós mesmos. Quando reconhecemos que não temos condição de conduzir as nossas vidas, e a entregamos nas mãos do Salvador, e confessamos que queremos e desejamos andar ardentemente conforme Ele ensinou; então estamos de fato, negando a nós mesmos, e colocando as nossas vidas nas mãos do filho de Deus; para que Ele nos conceda vida, e nos ensine, pelo Espírito Santo a viver uma vida que agrada ao Pai.
Podemos até no nosso dia a dia viver uma vida sem Deus, uma vida voltada para nós, para os nossos desejos, sonhos pessoais; mas não dá para tirar Deus do mundo e nem das nossas vidas. Ele nos criou para estarmos na sua presença, com Ele, sendo preenchidos e completados por Ele. O nosso vazio, a falta de sentido da vida somente é eliminada em Deus. Por mais que quisermos, por mais que pensemos; não dá para conceber uma vida sem Deus!