Por que esperar em Deus?

Olhamos a nossa volta, para os que conhecemos, para os nossos governantes, para a sociedade como um todo e o que vemos? Vemos a corrupção, vemos a injustiça, vemos o mau prevalecendo, vemos o pobre sendo injustiçado, roubado, enganado e oprimido.

Mas como devemos nos portar? Ao vermos tanta injustiça, tanta perversidade prevalecendo, como o profeta Habacuque fala: “Ai daquele que ajunta em sua casa bens mal adquiridos, para pôr em lugar alto o seu ninho, a fim de livrar-se das garras do mal! Vergonha maquinaste para a tua casa; destruindo tu a muitos povos, pecaste contra a tua alma.” (Habacuque 2:9-10, BEARA).

Deus está calado diante de tanta miséria do homem? Não. Deus não se calou; e sim, a sua misericórdia e compaixão sem limite que operam de forma que todos cheguem ao arrependimento; mas a sua justiça não demora; como fala o profeta: “Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar. ” (Habacuque 2:14, BEARA).

A nossa esperança não está neste mundo perdido, mas sim, na nova terra; por isso devemos viver no presente século, não sucumbindo as pressões e ao sistema reinante, devemos antes esperar no Senhor, andarmos por fé, na certeza da sua promessa que não falha: “…. Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente….. ” (Habacuque 3:16-19, BEARA).

Diante deste cenário qual deve ser a nossa atitude frente a injustiça? Sermos justiça, revelarmos a glória de Deus. A terra se enche com a glória do Senhor a medida que a igreja, o corpo de Cristo, os membros do corpo, exercem juizo sobre a terra, a medida que a igreja cumpre o seu papel revelando a misericórdia, a graça, a compaixão e o amor de Deus no mundo.

Quando compreendermos o nosso compromisso com o Criador, expresso de forma individual, e andarmos em uma vida de santificação, nos esforçando pela unidade, pela manifestação da vontade do Criador; então como igreja revelamos o Senhor Jesus entre os homens. Somos, no coletivo, a imagem do Senhor, os nossos atos, obras têm que revelar a justiça de Deus, devemos andar não pelos valores deste mundo; mas sim, revelamos os valores do reino. O mundo fala de egoísmo, nós expressamos o amor, o repartir, o ajudar. O mundo fala de orgulho, arrogância; nós falamos em servir, em ser instrumento para edificação do outro. O mundo fala em poder, em ser o maior; nós falamos na atitude de suportar uns aos outros, de revelar amor, de ajudar, de servir uns aos outros; o maior é o que serve, é o que coloca a mesa.

Nós como igreja, precisamos aprender que andamos não pelo que vemos; mas sim, por fé, olhando o invisível, mas eterno, prometido pelo Pai a todos os seus filhos. No reino não existe falta; mas abundância para todos. Não existe a injustiça; mas compreendemos que tudo pertence a Deus e que somos meros administradores das coisas de nosso Deus.

Devemos esperar em Deus, andar segundo a justiça de Deus, porque nele temos a verdadeira vida, nele encontramos a paz; não podemos nos sucumbir as promessas deste mundo e nem aos seus valores; mas devemos sim, olhar o autor e consumador de nossa fé, olharmos firmes para o nosso Senhor que nos deixou o exemplo de como proceder neste mundo cheio de injustiça.