Entendendo o reino de Deus

Jesus referindo ao Reino de Deus, em Mt 13:33, afirma: “Disse-lhes outra parábola: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.”; mas ao mesmo tempo que refere ao reino de Deus como fermento, Ele, também, fala com relação a termos cuidado com o fermento dos fariseus em Mt 16:11-12.  Além de explicar o reino de Deus com relação a sua forma de crescimento, Ele também, falou do seu fundamento: em Mt 16:18, quando fala a Pedro que Ele é a pedra e sobre ela, Ele a construiria, e não só isso; mas as portas do inferno não prevaleceriam contra ela. Referindo, também, com relação ao reino Ele afirmou em Mt 13:24-30, que o Reino de Deus estaria misturado no mundo, seria plantado junto o trigo e o joio. Mas que no final dos tempos somente que seria separada.

E assim outras muitas passagem que fazem referência a igreja, ao reino de Deus, como a carta que Pedro escreve, quando diz que o povo de Deus é uma nação santa, propriedade exclusiva de Deus, separados; transportados do reino das trevas para o reino do seu filho, para revelar as virtudes de Deus.

Temos que entender a igreja não como um local, não como um grupo específico; mas algo universal que transcende cultura, valores, aparência, local de reunião, forma de expressão que não está no domínio do homem ou sob o seu controle o crescimento. A igreja, conforme está na carta de Pedro e nas palavras de nosso Senhor Jesus, é resultante de um compromisso individual; mas que se expressa no coletivo através dos membros deste corpo. Cada um deve observar sobre que pedra está construindo, qual o fundamento que está usando. Isto não depende dos outros; mas sim de cada um de nós. Não depende de quem ensina, mas de quem recebe a mensagem; pois se ouvirmos a voz do Espírito e obedecermos, estaremos sendo o bom construtor, o prudente, que constrói a sua casa sobre a rocha. O resultado desta prudência será expressado no coletivo, através da igreja, através dos membros do corpo.

Nós, individualmente, não podemos determinar quem faz e quem não faz parte. Nós vemos a aparência, o exterior, não vemos o coração a motivação. Quando Jesus, falando do joio e do trigo, disse que não poderia arrancar o joio; pois poderíamos estar, também, retirando o trigo. Não podemos julgar se a aparência que vemos é uma questão de imaturidade ou uma questão de natureza.

A igreja existe e está no mundo para revelar as virtudes do reino. Quem nasce de novo, quem experimenta da graça de forma abundante, deve buscar o amadurecimento, o conhecimento do Senhor, a expressão de Cristo, ser o bom perfume, fazer morrer a natureza humana.

Temos que ser como o prudente construtor, temos que agir como quem encontrou o melhor tesouro, devemos nos desfazer de tudo, de tudo que achamos que seja riqueza, que seja glória e honra deste mundo para conquistar o verdadeiro tesouro do céus.

A igreja ao mesmo tempo que revela graça, misericórdia, alcança graça das pessoas a sua volta, contamina; também, desperta a revolta a perseguição por parte de quem é carregado do fermento dos fariseus; em quem está cheio de interesse próprio, cheios de doutrinas, regras de sabedoria humana, cheios de justiça própria.

O Reino de Deus, a igreja, temos que entender e compreender que é obra de Deus, que o construtor é o Senhor, somos instrumentos da Sua vontade, e o compromisso individual que temos com o Senhor, se expressará de forma coletiva através da igreja, que está além de nome, forma de reunir e geografia.