Que tipo de promessas temos ouvido?

Deus por meio de Jeremias falou ao povo em sua época: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: O Senhor disse: Paz tereis; e a qualquer que anda segundo a dureza do seu coração dizem: Não virá mal sobre vós.” (Jeremias 23:16-17).

Precisamos atentar para palavras como estas e analisarmos a luz do evangelho e das palavras proferidas pelo Senhor Jesus, por Paulo e pelos outros apóstolos, onde podemos ler: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16:33, BEARA), e o apóstolo Paulo, falando de seu ministério, fala da mesma realidade das palavras de Jesus: “Pelo contrário, em tudo recomendando-nos a nós mesmos como ministros de Deus: na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, quer ofensivas, quer defensivas; por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros; como desconhecidos e, entretanto, bem conhecidos; como se estivéssemos morrendo e, contudo, eis que vivemos; como castigados, porém não mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo. ” (2 Coríntios 6:4-10, BEARA).

Diante destas palavras e tantas outras promessas, por que ainda insistimos em um evangelho que não condiz com isso?  Somos melhores que os primeiros cristãos? Temos o direito de viver um evangelho diferente do que Jesus disse que seria? Ele mudou as suas promessas? Ou estamos tentando viver um evangelho transvetido? Que parece o ser; mas que não é? Alinhado com os valores do mundo?

Por que clamamos por paz, tranquilidade, vida abastada, riqueza, luta pelos objetivos pessoais, alcançar metas e sonhos de nosso coração, sendo que este não é o evangelho pregado por Jesus? Quando olhamos a vida dos homens que efetivamente serviram ao evangelho; podemos observar uma vida de luta, de privação, de dificuldade, de muita aflição, no que tange aos valores deste mundo; mas extramente ricos, cheios de bênção, abundantes na graça, na vida e na paz de nosso Senhor Jesus.

Temos que rever o que temos ouvido; precisamos criticar o que temos ouvido, e também, o que temos falado. Não podemos fazer promessas que não são as promessas de Jesus, não podemos prometer uma vida que não seja  vida que Paulo, Pedro, João, Tiago e tantos outros que experimentaram e viveram. Precisamos compreender que os valores do reino não são os deste mundo. Que viver os valores do reino, a justiça, a vida de Deus significa batermos de frente com o que temos ouvido e vivido no mundo.

Não podemos ser participantes da vida do mundo, não podemos nos associar ao mundo, como se dele fizéssmos parte. Fomos resgatados, libertos do poder deste mundo, da escravidão do pecado para sermos propriedade de Deus, vasos para a sua honra, para glorificação do seu nome. Nossas vidas tem que expressar a vida de Deus.

Por isso, antes de acreditarmos em falsas promessas, antes de nos empenharmos no que não esteja alinhado com a palavra e promessas de nosso Deus; devemos, julgar e rejeitar tudo que seja contrário ao que o nosso Senhor nos prometeu neste mundo. Vivamos o evangelho puro e verdadeiro, não a demagogia e nem promessas falsas de profetas falsos de nosso tempo, que promete coisas para esta vida.