Jesus falando aos seus discípulos afirmou: “E ele, assentando-se, chamou os doze e lhes disse: Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos. Trazendo uma criança, colocou-a no meio deles e, tomando-a nos braços, disse-lhes: Qualquer que receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, não recebe a mim, mas ao que me enviou. ” (Marcos 9:35-37). “Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. ” (Marcos 10:42-45, BEARA).

Quando olhamos estas afirmações de Jesus e voltamos os nossos olhos para as instuições, onde deveria perdurar este ensinamento vemos ao contrário. As pessoas buscam posição, destaque, querem a primazia, desejam toda  atenção, querem ser bajulados, honrados e serem servidos; não é verdade? É este o conceito que deve perdurar na igreja do Senhor? Não. Isto que precisamos entender; o que deveria ser exceção, virou regra e o que deveria ser regra é uma exceção.

Na igreja do Senhor, o único digno de toda  honra, de todo o destaque e de toda atenção é o nosso Senhor e Salvador; e ele mesmo se colocou diante de todos como servo de todos. E demonstrou isto na prática para todos os seus discípulos e para nós, de forma a compreendermos o que fez por nós.

Podemos, tendo o exemplo de Jesus, diante de nossos olhos almejar coisa diferente? Podemos querer valores segundo o pensamento do mundo? O que devemos almejar? A posição, ou o que a posição deveria fazer? Temos, para a glória do Senhor, para a edificação da igreja, para o amadurecimento dos irmãos, desejar ansiosamente a função, o ser capacitado para exercer a função e o trabalhar para a edificação e fortalecimento das pessoas, para serví-las, para levá-las ao crescimento e amadurecimento.

Não podemos e nem devemos desejar coisa diferente disto. Desejar a função para ser instrumento útil ao seu possuidor, trabalhar em favor dos outros para que sejam edificados, fortelecidos e para que amadureçam e glorifiquem o Senhor através dos seus atos.

Quem nos comissiona, que nos conduz, quem nos ensina é o Espírito Santo. Para isto, ele usa as pessoas neste processo. Para usar as pessoas, estas tem que se dispor, oferecer, se colocarem com instrumentos de Deus para serem capacitados e capacitar.

Quando fazemos assim, mesmo que não seja do agrado de “homens”, Deus nos usará e usará outros para que haja o crescimento e o amadurecimento no reino. Hoje honramos pessoas como Lutero, Calvino e tantos outros que fizeram parte da igreja e foram instrumentos para o realizar e cumprir da vontade de Deus. Mas foram vistos da mesma forma em suas épocas? Abriram eles mão do que eram do que tinham em favor do reino? Não foi o mesmo com Paulo?

Precisamos entender isto; temos que ter um coração sincero e voltado para o Senhor, para serví-lo e ser instrumento para a edificação e fortalecimento da igreja. Temos que ser, temos que desejar ardentemente ser instrumento para Deus, e não simplesmente termos posição dentro de instituições humanas. Precisamos glorificar a Deus em tudo o que fizermos, e deixarmos ser usados para a edificação e fortalecimento da igreja do Senhor.