Jesus falando aos seus discípulos afirmou: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. ” (Mateus 6:24).
Por isso precisamos meditar: quem tem sido o nosso senhor? A quem efetivamente estamos servindo? Temo
sido o dinheiro como o deus de nossa vida? Somos escravos do dinheiro? Ele nos domina e nos controla? Como avaliar se temos sido submissos ao Deus verdadeiro ou ao dinheiro?
Muitas vezes somos escravos e não nos vemos nesta situação. Podemos achar que somos livres; mas quando avaliamos efetivamente as nossas ações e as decisões que tomamos, a dependência que temos; então começamos a enxergar o quanto temos sido escravos de algo, e principalmente do dinheiro.
A linha é muito fina entre a libertação e a escravidão, e muitas vezes não depende das ações que realizamos; mas sim, das motivações que nos levam a agir de uma ou outra maneira. Precisamos analisar as reais razões de nossas decisões para detectar se estamos sendo escravos ou não do dinheiro.
Tendo o entendimento que em Cristo fomos libertos do poder do pecado. Fomos feitos livres para andar agora em novidade de vida, segundo a vontade de Deus, obedecendo ao que nos é ensinado. Temos que aprender a viver não mais segundo o pensamento, o curso, deste mundo; mas sim, segundo os princípios e valores do reino de Deus. Andar em novidade do Espírito, aprendendo a ouvir e a obedecer ao que Deus nos fala pelo Seu Espírito, nos leverá a viver segundo o Seu coração.
Fomos libertos de tudo, para aprendermos a viver na dependência de Deus, sabendo que Ele tem o melhor para nós; não importa em que área. Aprender a viver na dependência (humildademente) é reconhecer que Ele sabe o que é melhor para nós, é termos consciência que nada ocorre em nossas vidas por acaso, é termos a convicção de Sua vontade; é aprendermos a obedecer quando nos é pedido algo. Fazemos na certeza de que tudo é o melhor para nós, para o reino e para as vidas que conhecemos. Este é o processo de amadurecimento. Mas uma das áreas mais difíceis de liberação é na questão financeira (dinheiro); e como qualquer outra área temos que nos libertar, não podemos colocar a nossa confiança nele.
Como sabemos se vivemos na dependência do dinheiro e se temos colocado a nossa confiança nele? Pela maneira como lidamos com o mesmo. Alguns pontos que podemos avaliar: damos dízimos e ofertas? Por que damos ou não damos? Quando vemos alguém com necessidade, nos movemos para ajudar? Ou nos omitimos? Guardamos, retemos ou somos capazes de dividir com quem necessita; mesmo que aparentemente precisamos tanto do recurso?
Quando não damos o dízmos, ofertas, quando não ajudamos a quem necessita, mesmo sabendo que era para fazer e não fazemos e começamos a justificar como: não precisam, não tem razão para dar, não administram bem os recursos depositados. Ou a pessoa que não soube adminstrar por isso tem falta, é preguiçoso, etc, etc. Isto quer dizer o quê para nós? Que somos egoístas, que achamos que se fizermos isso, irá nos faltar. Estamos pensando em nós. Quando não ajudamos as pessoas, estamos nos privamos de algo em favor do outro. Quando é para ajudar um outro nunca temos. Mas não nos falta para um jantar fora, para uma viagem; para uma pizza; o que isto significa? Que continuamos com atitude egoísta. Quando, tendo reservas, sabendo que alguém necessita, mesmo sabendo que é a nossa obrigação repartir, e não fazemos; pois ficaremos sem; o quê isto significa? Que estamos colocando a nossa confiança neste recurso, pensando que ele é nosso e para nós. Quando tudo isto acontece em nossas vidas, o que o dinheiro representa para nós? Que ele é o nosso deus, que nele colocamos a confiança. É isto que Deus deseja? Não. Ele quer que nos libertemos; mesmos que pareça loucura, mesmo que pareça jogar fora; muitas vezes temos que obedecer ao que o Espírito nos instrui a fazer. Se fizermos, compreenderemos o que Deus deseja nos ensinar e aprenderemos a nos libertar do poder que nos escraviza; e assim, revelaremos pelas nossas ações a quem temos servido; mesmo que pareça loucura.
Não podemos ter outro senhor que não seja o Deus vivo e verdadeiro!