a razão de nosso viver

Precisamos entender que na palavra encontramos todas as respostas e indicação de como devemos proceder e como devemos viver e principalmente qual deve ser a motivação (razão) do nosso viver neste mundo.

Podemos ouvir as pessoas que pregam, mas tudo que ouvimos ou lemos devemos julgar a luz da palavra. Se somos ignorantes quanto a vontade de Deus não poderemos julgar e acabaremos aceitando ensinamentos e heresias que são contrárias ao desejo de Deus.

Por isso, meditando na palavra e relacionando um texto com outro, compreendemos o querer de Deus. Precisamos fazer isso, na dependência do Espírito, na sua condução, pedindo sempre orientação que abra os nosso olhos para compreender todo o Seu querer e desejo. E a medida que nosso olhos são abertos, precisamos nos mover no sentido de realizar, para que mais entendimento seja trazido as nossas vidas. Deus opera em nós desta maneira: conhecimento, experiência, perserverança, para então trazer mais conhecimento, mais experiência, mais perserverança. E é neste cíclo que a nossa fé cresce, que nós amadurecemos e podemos ser instrumentos de Deus; pois é assim que Deus nos ensina a confiar nEle.

Precisamos entender e focar o nosso objetivo de vida dentro do propósito determinado por Deus e não no que achamos. O objetivo é despertar cada filho a buscar o conhecimento e entendimento da vida que devemos ter com o criador; por isso a pegunta: Qual o objetivo de nossa vida? Achamos que o fim da mesma é a salvação de nossa alma? Ou; uma vida para a glória de Deus?

Podemos ler nos textos abaixo o seguinte:

Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,” (Hebreus 12:14, BEARA). “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” (1 Coríntios 10:31, BEARA). “Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe recebe aquele que me enviou.” (Mateus 10:40, BEARA). “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.” (2 Coríntios 5:20, BEARA). “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia. ” (1 Pedro 2:9-10, BEARA).

Então, qual o propósito de nossa vida? Somente a salvação ou vivermos para a glória de Deus?

Tendo o entendimento que as nossas vidas é para a glória de Deus, sermos instrumentos de Deus, revelarmos a Ele neste  mundo, como temos vivido? Que atitudes temos expressados em nossas ações? Correspondemos ao que de nós é esperado? Vivemos com Deus? Revelamos a vida de Deus? Recebemos a salvação da nossa alma? Temos sido imaturos espiritualmente falando? Ou temos atitude de um cristão maduro?

Estarmos mortos nos nossos delitos e pecados e sem Deus? Como podemos ler no texto a seguir, podemos identificar a nossa situação perante o criador: Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; são os seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria; desconheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos. Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. ” (Romanos 3:9-20, BEARA). Ou Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.” (Romanos 5:12, BEARA. Ou podemos ler:porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 6:23, BEARA), e precisamos ter consciência de como recebemos a salvação, a reconciliação com Deus: Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos,” (Efésios 2:1-5, BEARA).

Mas recebermos a salvação é suficiente, é o que Deus planejou para  as nossas vidas? Ou temos sido cristão imaturos (crianças espirituais)? Paulo, escrevendo aos irmãos de Corinto, afirma ao seguinte: Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens?” (1 Coríntios 3:1-4, BEARA), ou aos Gálatas: Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos. ” (Gálatas 5:15, BEARA). E sabemos que somos carnais (crianças espirituais) pelos frutos que manifestamos: Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.” (Gálatas 5:19-21, BEARA).

Agora o que Deus deseja é que sejamos maduros, sermos cristãos maduros (instrumentos de Deus) e somos, quando agimos segundo o coração de Deus, pelo seu Espírito, em obediência, como podemos ler: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” (1 Coríntios 6:12, BEARA). “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.” (1 Coríntios 6:19-20, BEARA). “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.” (Gálatas 1:10, BEARA). “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” (Gálatas 2:20, BEARA). “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão. ” (Gálatas 5:1, BEARA) . “Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Gálatas 5:14, BEARA). “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.” (Gálatas 5:16-17, BEARA).

Mas podemos expressar a maturidade pela revelação dos frutos do Espírito: Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.” (Gálatas 5:22-25, BEARA)

Por isso a consciência de quem somos, do que precisamos ser é que deve nos conduzir, como Paulo escreveu: Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros.” (Gálatas 5:26, BEARA). “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito.” (Efésios 2:19-22, BEARA).

Agora, como sair de um estágio e ir para outro nesta jornada que Deus deseja que nos empenhemos? Por isso, nossa oração e nossa atitude deve ser para que Deus nos sonde e nos mostre como viver e o que fazer que lhe agrade. E encontramos isso na própria palavra: Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” (Salmos 139:23-24, BEARA.

E fazemos isso, pois temos a consciência que recebemos tudo que precisamos para viver uma vida que lhe agrada, como Pedro escreveu: Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo,” (2 Pedro 1:3-4, BEARA).

Tendo este entendimento, e para viver de forma que agrada a Deus, não é esperar que caia do céu, mas nos empenharmos, nos esforçarmos, na dependência e capacitação que recebemos do Espírito, para vivermos para a glória e louvor do seu nome, como Pedro continua a expressar em sua carta: por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora. Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. ” (2 Pedro 1:5-11, BEARA).

Para isto ser uma verdade, para que isto ocorra, devemos seguir a orientação de Paulo como ele escreveu aos Romanos: Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. ” (Romanos 12:1-2, BEARA).

O propósito de Deus é que sejamos maduros e instrumentos de revelação de quem Ele é para a glórai do seu nome; por isso, não podemos continuar a viver como crianças espirituais achando que é só a salvação.