Podemos observar João Batista afirmando a seguinte frase: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;” (Mateus 3:8) e Jesus afirmando a seguinte coisa: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” (João 14:21).
A pergunta que temos que fazer? Isto é uma realidade em nossa vida? O que significa apresentar fruto digno de arrependimento? O que entendemos por arrepender?
A consciência do pecado pode trazer em nossas vidas duas ações: arrependermos de nossas ações contrárias a de Deus, ou a tristeza que nos conduz a morte. E este último caso, podemos observar na vida de Judas, que ao se tornar consciente do seu pecado, do seu erro, e do ato de traição, que não foi muito diferente dos outros apóstolos que abandonaram Jesus, ele não se arrependeu; mas a tristeza encheu seu coração e ele decidiu por aniquilar a sua vida. Já Pedro tomou outra atitude, mesmo tendo negado, mesmo tendo rejeitado, ele se arrependeu do que fez. Arrependimento está ligado a mudar de atitude. Não insistir no erro, não simplesmente ser acometido da tristeza; mas uma tristeza que leva a mudança de comportamento.
Esta mudança de comportamente que João Batista estava enfatizando. Não existe arrependimento se não houver mudança de atitude. Mas como demostramos o arrependimento com relação a nossa atitude pecaminosa? Quando rejeitamos o pecado e não vivemos mais na sua prática. João Batista inclusive deu algum exemplo. Para os soldados afirmou para não aceitar mais suborno; mas se contentarem com o seu soldo. Jesus também com relação a algumas pessoas, onde ele afirmou para ir e não pecar mais.
Arrependimento é adquirirmos a consciência do pecado e ao termos este entendimento, abandonamos, rejeitamos e não continuamos no ato de pecar. Se sei que mentira é algo que não agrada a Deus, portanto um pecado, o que devo fazer? Continuar a pecar? Não. Não praticar a mentira. O mesmo devemos fazer com a inveja, cobiça, sonegação, roubo, e tantas outras atitudes como: orgulho, arrogância, hipocrisia, engano, etc. Todas ações que são contrárias a natureza de Deus. Quando tomamos consciência, o que fazemos? Abandonamos. Se abandonamos; então estamos mostrando frutos dignos de arrependimento.
Mas ao abandonarmos uma ação, adotamos outra que está alinhada com a vontade de Deus. Como por exemplo: se desprezávamos uma pessoa, ou se a odiássemos, então não praticamos mais isto; e qual a ação que devemos revelar para com esta vida? O amor de Deus; a compaixão. Quando fazemos isso estamos cumprindo os mandamentos do Senhor. Jesus afirmou e Paulo reforçou os principais mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Se cumprimos estes dois mandamentos estamos obedecendo a lei e os profetas. Paulo afirmou que tudo se resume no amor ao próximo. Quando amamos não praticamos o mal contra o próximo.
Mas em que contexto Paulo está tratando? Dentro do entendimento da igreja, do amor supremo. Ou seja, de sermos capazes de abrir mão de nossa vontade, pela edificação, pelo fortalecimento daquele que é mais fraco, do amadurecimento do próximo; como ele mesmo afirmou que deixaria de comer carne ou fazer qualquer outra coisa que afetasse a consciência do irmão mais fraco. Estamos entendendo o que seja obedecer os mandamentos do Senhor? Quando compreendemos que qualquer coisa que possamos fazer possa vir a prejudicar a igreja, o corpo, arrependidos; não fazemos mais; por causa do amor ao Senhor.