Nós precisamos entender que os planos de Deus nunca mudaram. Tudo estava planejado desde a fundação do mundo. Antes mesmo da criação do homem, a cruz já estava planejada como meio de justificar o homem. A lei não veio como uma alternativa para salvação e resgate; mas sim, para trazer ao homem a consciência, o conhecimento do seu pecado.
Quando olhamos a justificação ela sempre foi pela fé. Assim podemos ler sobre Abraão que foi justificado por fé; muito antes da lei. Também podemos ver em toda a história do povo de Israel o que efetivamente agradava a Deus. Na história deste povo podemos observar que não eram as obras da lei; mas um coração que estivesse voltado para realizar as obras de Deus. Um coração que andava segundo o seu propósito. E temos na bíblia diversas situações que mostram isso.
Temos como exemplo o que devemos manifestar e a forma como devemos viver e quem vive na presença de Deus.Podemos ler em João, na sua carta, como no livro de Salmos: “Não há de ficar em minha casa o que usa de fraude; o que profere mentiras não permanecerá ante os meus olhos.” (Salmos 101:7). “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. ” (1 João 2:15-17).
Isto que precisamos compreender. O que importa para o Criador não é o que fazemos exteriormente; mas o que nos move. Jesus mesmo afirmou que o que contamina o homem não é o que entra; mas o que sai de sua boca. Do coração é que procedem os maus desejos.
Ele deseja para nós uma transformação que inicia no interior, na conversão, no novo nascimento. Ele nos concede um novo coração, faz de nós uma nova criatura, nos reconcilia com Ele para andarmos segundo o seu coração. Ele deseja que cada um de nós seja como Davi, pessoas segundo o Seu coração.
Agora o que precisamos compreender que não se trata somente de uma questão de fé, de crer; mas sim, de revelar o que se crê; por isso Tiago, em sua carta, destaca a necessidade de obras. Revelar em nossas atitudes a obra de Deus, praticar os atos de justiça não é uma opção, e muito menos uma obrigação; mas sim, uma questão de revelar uma natureza.
Quando manifestamos egoísmo, atitudes fraudulentas, cobiça, orgulho, arrogância; hipocrisia, mentira, falsidade e dentre tantos outro sentimentos e atitude inerentes ao ser humano; estamos revelando a natureza de Deus que nos foi concedida em Cristo Jesus? Isto que temos que ter o entendiment muito claro; nâo, não estamos. Por isso, Paulo escreve que se alguém é nova criatura, as coisas velhas já passaram. Precisamos fazer morrer a natureza humana; pois é incompatível com a nova natureza recebida.
Não dá para dizer que vivemos o reino de Deus e andarmos segundo o coração deste mundo. Não dá para dizer que amamos a Deus e continuarmos a praticar as obras deste mundo. Não dá para falarmos que somos filhos de Deus e continuarmos a praticar as obras do Diabo. Entendemos?
Praticar as obras de Deus não é uma questão de imposição, de obrigação; mas sim, de revelarmos a natureza que nos foi concedida.
Não é uma questão de “não pecar”; pois enquanto neste corpo, cometeremos pecado; mas sim, é uma questão de permanecer no pecado; mas sim de andar no Espírito, de não satisfazer os desejos da carne. Onde a carne domina, impera a morte e não a vida de Deus.
Como filhos, não existe outra alternativa para nós que não seja a santificação. Precisamos revelar pela graça e pela fé, a salvação e a obra realizada por Deus em nós, confirmando assim o seu plano eterno de nos conceder um coração segundo o Seu.
Fomos chamados, dentro do seu plano eterno, para andar na sua presença; não por mérito; mas decorrente da sua obra salvadora, da reconciliação pela fé em Cristo Jesus. Por isso, os planos de Deus nunca mudaram, estavam planejados e prescritos. A vida que era o seu desejo para nós, como a forma que deveríamos viver, estava predestinada desde os tempos eternos.