Inimigos da cruz

As nossas atitudes no nosso dia a dai, nas ações que realizamos, nas preocupações que temos, no que corremos atrás, demonstram efetivamente onde está o nosso coração e o que buscamos. Qual tem sido o nosso foco? O reino de Deus e os seus valores ou os relacionados ao mundo, ao buscar a nossa satisfação, o nosso reconhecimento, o atendimento de nossa necessidade?

Podemos demonstrar um vida segundo o que Paulo ensinou e viveu, ou na realidade devemos, ao olhar no espelho nos preocupar com o que ele comentou de alguns que andavam juntos na igreja: “Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas. Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.” (Filipenses 3:18-21, BEARA).

Nas nossas ações, nas obras que realizamos, nos frutos que manifestamos, que árvore temos sido? Uma árvore que corre a seiva da vida que provém de Deus, que revelam os frutos do Espírito? Ou nossas vidas tem revelado frutos da carne? Nossa preocupação é conosco e com os nossos? Temos sido egoístas, buscado os próprios interesses? Temos demonstrado orgulho e arrogância? Demonstramos hipocrisia nos nossos relacionamentos? Buscamos o riquezas para nós mesmos e para o nosso prazer, ou temos sido capazes de compartilhar e dividir o que temos recebido do Criador?

Nos vemos como donos do que temos? Ou como mordomos fiéis que administram com eficiência o que Deus coloca em nossas mãos?

Quem de fato tem sido o nosso deus e o nosso senhor? Jesus? Tem sido ele Senhor de nossas vidas a quem obedecemos e cumprimos os seus mandamentos? Ou temos de fato, no nosso dia a dia desprezado os seus ensinamentos contidos no sermão da montanha?

Ser inimigo da cruz de Cristo é escolhermos no nosso dia a dia uma vida que segue um padrão da carne, dos interesses próprios e dos valores que satisfazem a nós mesmos. Precisamos avaliar e julgar a nós mesmos, não frente ao que pensamos e compreendemos o que deveríamos ser; mas sim, a luz dos frutos e obras que temos práticado. Precisamos retirar as escamas, arrepender de nosso pecado, precisamos deixar de tratar pecado como problema, e assumirmos o compromisso diante de Deus, arrependidos, de fato; mudando a atitude, convertendo os nossos corações, fazendo morrer a natureza terrena que há em nós, em cada ação, em cada atitude, para que a vida de Deus se revele em nossas obras.

Precisamos andar como filhos da luz, revelando e manifestando em nossos relacionamentos a vida de Deus para a glória e louvor de Seu nome.