Gostoso é cantar, é proclamar as maravilhas e quão grandioso é o nosso Deus, como podemos observar no livro de apocalipse: “ Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.” (Apocalipse 4:11).
O que necessitamos refletir é qual a extensão efetiva do nosso louvor, honra, glória e o verdadeiro tributo que prestamos a Deus. Ele não pode se restringir unicamente a palavras, sejam elas proclamadas por nossa boca, cantadas ou escritas; mas precisamos entender que o verdadeiro louvor e a verdadeira honra vai muito além disto.
Através de seus profetas, Deus afirma para o povo de Israel tinha o seu coração estava longe, embora proclamassem com a sua boca honra e louvor ao seu nome. Não estaríamos nós, em nossos dias fazendo a mesma coisa? Cantamos, louvamos, escrevemos sobre as maravilhas de Deus; mas as obras que praticamos, as obras de justiça, conforme determinado por Deus, nós as realizamos de acordo com a sua vontade e que glorifica o seu nome?
Temos que entender primeiro o que seja obra de justiça, obra de Deus, correto? Nosso entendimento muitas vezes resume a pregar o evangelho, levar as boas novas, ser missionário, não é verdade? Mas esta é uma visão muito restrita do que sejam as obras de justiça requeridas de nós, como filhos de Deus. Precisamos ter o entendimento que obras de justiça é revelarmos a natureza de Deus através de nossas ações, atitudes que temos nos nossos relacionamentos no dia a dia.
Como assim? Simples. Como reagimos em relação as pessoas que trabalham para nós? Como as tratamos? Como tratamos o gari que limpa as nossas ruas? Como tratamos o simples que entra em nossa casa ou mesmo nos nossos locais de culto e adoração a Deus? Tratamos da mesma maneira que fazemos para com o rico ou para com alguém “importante” da sociedade? Como somos com os nossos familiares (esposa, marido, filhos)? Tratamos com falta de educação, somos grosseiros? Como tratamos o carente?
O quão grosso somos no nosso trabalho com os nossos colegas? Tratamos como pessoas? Ou agimos como se fossem um instrumento de produção de lucro e resultado para a empresa? Compreendemos e entendemos suas necessidades, ou olhamos somente para o que nos interessa? Como agimos com o órfão, a viúva e as crianças? Conseguimos compreender o que sejam as obras de Deus, obras de justiça de Deus? Ele deseja que revelemos a sua justiça, a sua misericórdia e graça em tudo o que fizermos. Temos que manifestar os frutos do Espírito, revelar a vida de Deus em nossos relacionamentos. Nossas atitudes, nossas ações revelam muito mais o verdadeiro tributo que as nossas palavras.
Honremos a Deus com palavras, com cânticos, sim, devemos; mas muito mais com ações. Nossas atitudes devem traduzir a oração do “Pai nosso”: ou seja, “seja feita a sua vontade na terra, assim como é realizada nos céus”. Nós somos os instrumentos para que isto seja uma realidade. Não podemos restringir o tributo a Deus a alguns momentos de nossas vidas; nossa vida precisa ser um verdadeiro tributo de honra e glória ao nosso Senhor e ao nosso Deus.