Olhando sobre outra perspectiva

Paulo escrevendo aos Romanos afirma o seguinte sobre a graça, sobre a salvação: “Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos. O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação. Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo. Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos. Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Romanos 5:15-21)

A nossa cegueira nos impede de ver a abundante graça de Deus manifesta sobre as nossas vidas. Esta graça que além de nos justificar por meio de Jesus Cristo, de nos redimir de nossos pecados, e nos aceitar devido ao sacrifício de Jesus, também, nos educa, para renegar as paixões humanas, ou seja, os valores deste mundo. Mas tendo este conhecimento por que insistimos em viver uma vida “meio” cristã, e “meio” no mundo? Nós rejeitamos as coisas que achamos “críticas” neste mundo; mas aceitamos muitas coisas que são no reino de Deus “questionáveis”. Nós precisamos compreender que precisamos rejeitar tudo, tudo que procede da natureza humana, sejam elas moralmente “boas” ou não.

Não podemos viver de aparências, não podemos andar como religiosos, precisamos renovar no espírito, precisamos transformar a forma de pensar, precisamos renovar as nossas atitudes e abandonar tudo que procede de sentimento e da alma humana; mesmo que tenha aparência de sabedoria e coisa “boa”. Precisamos entender que Deus deseja nos renovar e nos ensinar os seus valores. Precisamos parar de olhara as coisas que estamos envolvidos somente sobre a perspectiva humana. Temos que olhar com os olhos espirituais e compreender a cada momento da nossa vida, cada coisa que temos que fazer ou que fazemos. Não podemos conduzir as nossas vidas segundo o nosso entendimento e sabedoria; temos que esvaziar de nós mesmos, e deixar que a vida de Deus nos encha para revelarmos e cumprirmos a sua vontade em todo o tempo nesta terra.

Por que fazemos as coisas? Precisamos refletir e meditar. As nossas motivações estão fundamentadas na vontade de Deus, na determinação do Espírito Santo? Ou fazemos para recebermos glória e honra dos homens? Buscamos os “cargos” a realização do serviço que nos é determinado pelo Espírito Santo?

Quando passamos por momentos de provações, tribulações, dificuldades qual a nossa atitude e qual  o nosso pensamento? Estamos sendo punidos? Somos vítimas da situação? Estamos sendo injustiçados? Se olharmos sobre esta perspectiva, demonstramos o quanto estamos imaturos e não compreendemos a graça e o amor de Deus para conosco.

Precisamos lembrar, nestes momentos, quem é o nosso Deus e o seu amor por nós. Não podemos nos deixar guiar pelas situações, mas sim, dirigir as nossas vidas pelas promessas de Deus, promessas com relação as nossas vidas. Ele nos ama, e tudo que nos acontece e pelo que passamos é expressão do seu amor para a nossa educação, crescimento, amadurecimento e para sermos instrumentos úteis ao Seu reino, para edificação da igreja, e para o cumprir e realizar da Sua vontade entre os homens. Ele, na sua longanimidade, nos forma para sermos instrumentos úteis ao seu reino, e para manifestarmos a sua vontade na terra como ela é realizada nos céus. Seus planos para nós são para que em tudo sejamos imitadores de nosso Senhor Jesus, que nos deixou exemplo de obediência e do cumprir da vontade do Pai.