João escrevendo a sua carta afirma o seguinte: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro. Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado. Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu. ” (1 João 3:2-6, BEARA)
O primeiro ponto que precisamos refletir: a santificação é uma opção para quem é filho de Deus? Viver uma vida de pecado é uma alternativa? Definitivamente, não! Nenhum filho de Deus deve continuar a viver uma vida de pecado.
Mas, o que é pecado? As coisas que fazemos é uma atitude de pecado? Por exemplo, podemos afirmar: “não mato”, “não roubo”, “não sou adultero”, “sou fiel no dízimo”, e assim tantas outras coisa que sabemos que fazemos e estão expressas na lei de Deus, no antigo testamento, não é verdade?
Mas o que é pecado? Segundo a ótica que podemos observar das palavras de Jesus, das cartas de Paulo, Pedro, João, Tiago, nos evangelhos, podemos ver claramente que uma vida de pecado, é quando vivemos de forma contrária a natureza de Deus. A vida de Deus é regida pelo amor, por favor, não amor sentimento da alma; mas amor que reflete em ação pelo próximo, assim, como Jesus se moveu em nosso favor, deixando a sua glória, para vir ser homem, humilhado e sofrer a morte na cruz, somente para que pudéssemos ser reconciliados com ele. O amor de Deus é revelado, não quando agimos em favor daqueles que gostamos; mas sim, quando nos movemos em favor dos que querem o nosso mal, nos prejudicam, nos ofendem ou nos humilham.
E, então, vamos lá refletir um pouco: o egoísmo é pecado? Sim, é; pois quem escolhe ser egoísta está vivendo de forma contrária a natureza de Deus. Quem é orgulhoso comete pecado? Sim, pois o orgulho é uma escolha para viver de forma contrária ao que Deus planejou e deseja para o homem e não é a sua atitude para conosco. Praticar a mentira, mesmo uma “mentirinha” é pecado? Sim, pois é escolher viver de forma diferente do que Deus deseja. E assim, são tantas outras coisas, como: temos raíva, ódio, mágoa? Sentimos humilhados, ofendidos em diversas situações? Se sim, estamos escolhendo viver de forma contrária a natureza de nosso bom Deus; demonstramos que não amadurecemos ou não conhecemos do seu amor e nem da sua vida.
O segundo ponto que precisamos observar é: como olhamos as nossas vidas e atitudes? Com os olhos que Deus observa, ou com o nosso filtro? Vamos lá: achamos que somos egoístas ou não?
Então vamos refletir: o que temos, o que recebemos, a nossa abundância, somos capazes de nos privar de algo que gostaríamos, para repartir com os outros que precisam? Ou estamos guardando para necessidades futuras? Somos capazes de deixar de comprar algo para nós, para ajudar os outros em suas necessidades? Isto, é somos capazes de deixar de comprar um carro novo, uma bolsa nova, um sapato novo, um terno novo, um celular novo, uma roupa nova, por que gera mais status; para ajudar um irmão em um projeto missionário, ou por que ele necessita suprir as suas necessidades básicas de sobrevivência? Consiguimos enxergar que tem alguém perto de mim que está precisando? Pois, se não conseguimos ver a necessidade do próximo, o filtro que temos, é muito mais forte que podemos imaginar.
Qual a nossa atitude perante a corrupção, o engano, o roubo, o não defeneder o direito de quem precisa? Isto não tem nada a ver conosco?
Viver uma vida de santificação, de rejeitar as obras deste mundo, para viver a vontade de Deus, revelando sua justiça, seu amor e graça perante as pessoas do mundo; não é uma opção para nós; e sim, algo natural.
Deus revela a sua misericórdia, longanimidade para conosco, por não nos remover diante da sua face; mas sim, pelo trabalhar as nossas vidas e nos trazer a consciência a sua vontade.
Coloquemos nossas vidas diante dele, pendindo discernimento, entendimento, compreensão da sua vontade. Busquemos ao Senhor de todo o nosso coração, abertos para ouvir e fazer o que é do seu querer, simplesmente para que Ele seja louvado por nossas vidas, e para que sejamos instrumentos úteis a edificação da igreja. Precisamos nos responsabilizar pelos nossos atos, precisamos lembrar sempre quem somos e porque continuamos neste mundo.