Manifestação da Graça Salvadora

Paulo escrevendo a Tito afirma o seguinte: “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras. ” (Tito 2:11-14, BEARA)
“Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros. Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. Fiel é esta palavra, e quero que, no tocante a estas coisas, faças afirmação, confiadamente, para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas aos homens.” (Tito 3:3-8, BEARA)
O que precisamos compreender sobre a graça salvadora de nosso Deus que opera em nossas vidas? Qual atitude devemos tomar frente ao que nos ensina, nos educa para renegarmos as paixões humanas? Que atitude devemos tomar diante de tão grande manifestação de amor e bondade para conosco?
Este é o ponto fundamental na compreensão da forma de Deus operar em nossas vidas. Ele nos obrigará a realizarmos as suas obras de justiça? Ele nos obrigará a fazer o que ele desejaria que nos dispuséssemos a fazer? Não. Este é o ponto fundamental. A forma de Deus operar não nos força, não nos obriga; mas procura nos mover e nos ensinar a maneira como agrada-lhe a forma que devemos viver.
Tendo conhecimento do seu amor e de sua misericórdia, não podemos continuar a viver da mesma maneira. Não podemso carregar em nossas vidas o ódio, a raiva, o desejo de vingança, a mágoa, a ira, o orgulho, a hipocrisia, o fazer acepção de pessoas, o tratar com desprezo os mais simples que nós. Não podemos ter e manter uma vida de inveja, cheios de cobiça, e egoismo.
Não fomos criados em Deus para isso. Fomos chamados para sermos cidadãos do reino; para sermos participantes da natureza divina, para manifestarmos a sua vida e a sua graça aos homens. Fomos chamados para ser povo de propriedade exclusiva de Deus.
Por termos sido criados em Deus para as manifestação das sua obras de justiça, devemos, sim, como Paulo escreve aos romanos: Oferecermosnossas vidas como sacrifício vivo, santo e agradável a Ele que é o nosso culto racional. Devemos também, transformarmos nossas atitudes pela renovação da nossa mente (pensarmos segundo a natureza de Deus e não a natureza humana). Quando fizermos isso é que experimentaremos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.
A graça de Deus opera em nossas vidas para nos educar e nos ensinar a vivermos segundo o coração de Deus, como filhos, como cidadãos do seu reino, para a manifestação da sua glória e sua vida aos homens.