Culto a Deus – Confiança

No livro de Malaquias, vemos algumas atitudes que expressam o verdadeiro culto a Deus. Mais que as reuniões, a expressão do dia a dia, revela o verdadeiro culto que agrada a Deus. Vamos refletir sobre o aspecto de confiança em Deus. No livro, no primeiro capítulo temos a seguinte referência: “Eu vos tenho amado, diz o Senhor; mas vós dizeis: Em que nos tens amado? Não foi Esaú irmão de Jacó? — disse o Senhor; todavia, amei a Jacó, porém aborreci a Esaú; e fiz dos seus montes uma assolação e dei a sua herança aos chacais do deserto. Se Edom diz: Fomos destruídos, porém tornaremos a edificar as ruínas, então, diz o Senhor dos Exércitos: Eles edificarão, mas eu destruirei; e Edom será chamado Terra-De-Perversidade e Povo-Contra-Quem-O-Senhor-Está-Irado-Para-Sempre. Os vossos olhos o verão, e vós direis: Grande é o Senhor também fora dos limites de Israel. ” (Malaquias 1:2-5).

Mas podemos nos questionar, o que tem o amor de Deus expresso com a questão da confiança em Deus como expressão de um culto a Ele?

A confiança é gerada quando, depositamos a nossa fé, quando temos a certeza, independente das circunstâncias, do que estejamos passando, das dificuldades e problemas que enfrentamos. Para entendermos este aspecto, precisamos compreender a realidade do povo de Israel nesta época.

A nação vivia em grande dificuldade, não havia abundância, o povo tinha retornado do exílio; mas ainda permanecia debaixo do jugo do governo Persa. Havia falta e abundância, no popular: carestia. O templo que havia sido reconstruído era inferior ao primeiro templo, templo de Salomão. Os profetas antigos, antes da deportação, tinham profetizado que o povo voltaria e haveria o cumprimento de promessas diferente do que estava acontecendo. As promessas ainda aconteceriam. Por isso podemos observar a pergunta que se fez, quando Deus afirmou que Ele os amava: “Em que nos tem amado?”. Tudo estava diferentedas promessas.

Neste ponto que vem a confiança e a fé que temos que demonstrar em Deus independente do que estejamos passando. Temos as promessas que Ele nos ama, e ama tanto ao ponto de dar o seu filho para morrer em nosso lugar.. Mas, nós não olhamos o amor de Deus sobre esta perspectiva; mas sim olhamos as circunstâncias que nos cercam, e não vemos expressão de amor; pois como amor, compreendemos que somente recebemos o bem segundo os olhos da natureza humana e dos valores deste mundo. Precisamos entender e compreender o amor sobre a perspectiva eterna, segundo o caráter de Deus.

O que Deus deseja para nós? O que ele quer que aprendamos? Isto é importante para compreender sob a ótica de Deus o seu amor expresso em cada momento. Ele deseja que sejamos a semelhança de seu filho. Que revelemos, neste mundo, a sua natureza e vida. Ele não quer pessoas imaturas espiritualmente, ou seja, pessoas que olham somente para si mesmo, para os seus problemas; mas sim, pessoas que deixem de olhar para os seus desejos e vontades e olhem para a necessidade do mundo, tanto quanto ao aspecto espiritual (reconciliação com Deus), quanto para as necessidades materiais.

As tribulações, os problemas, as dificuldades, o que enfrentamos, tem um só propósito: o nosso aperfeiçoamento. Se temos esta convicção, se temos esta certeza; não dirigiremos as nossas vidas pelas circunstâncias e nem pelo que ocorre conosco; mas sim, sob a perspectiva eterna de Deus; sabendo que ele sempre cuida de nós.

A confiança, a certeza do amor de Deus por nós, sem que haja a murmuração é uma verdadeira expressão e testemunho a todos que amamos a Deus, que confiamos nele e nele esperamos; isto é culto da Deus.