Deus busca adoradores, como Jesus falou: “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.” (João 4:23, BEARA).
Mas o que de fato representa adorar a Deus, honrar a Deus, prestar culto a Ele? Deve a nossa vida se limitar às duas horas semanais, quando vamos a “igreja”.
Muitas vezes vamos arrastados, por obrigação e não temos prazer algum em estar juntos, em celebrarmos, cantarmos, e ouvirmos uma palavra, por que?
Porque não entendemos o que seja cultuar a Deus, ou mesmo qual o significado da adoração, do prestar honra àquele a quem devemos nossas vidas.
Um aspecto que precisamos compreender primeiramente é que culto a Deus não se resume a ir a uma reunião de celebração. Este momento, juntos, deve refletir na realidade o que somos, nossas vidas, o que fazemos e como vivemos o nosso dia a dia.
O verdadeiro culto está nas nossas ações, na expressão do que somos, do que recebemos de Deus e o quanto somos instrumentos de Deus para revelar sua vida, graça, misericórdia e justiça entre os homens. O verdadeiro culto está no fato de honrarmos, de vivermos como lhe agrada; de reconhecermos o amor de Deus por nós, sua misericórdia e graça reveladas dia após dia.
Quando não obedecemos (ou seja, quando não vivemos de acordo com as palavras de Jesus) não estamos expressando o nosso amor, e nem reconhecemos o seu amor por nós, sua obra realizada em nossas vidas, sua misericórdia, sua graça derramada, a nova vida que recebemos em Cristo Jesus.
Quando não vivemos, e nem nos empenhamos (seguindo o exemplo de Paulo), ou seja, não esmurramos o nosso corpo, reduzindo a escravidão, ou quando não fazemos morrer a natureza humana, o que de fato estamos fazendo é rejeitando a obra e o amor de Deus.
Quando diante de Deus exigimos coisas materiais, achando que somos dignos de mais coisas, e o que temos ou somos, não é suficiente. Ou quando não confiamos no seu provimento; ou achamos que tudo que nos acontece é resultante de punição de Deus; então, ainda, não compreendemos o amor de Deus, sua misericórdia e o verdadeiro culto que se deve prestar àquele que nos concede da vida eterna em Jesus.
Quando não compreendemos o culto verdadeiro a Deus, diante de palavras como a de Paulo: “em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez. Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas.” (2 Coríntios 11:27-28, BEARA), achamos que Deus não está olhando para nós.
Por que desta atitude? Por que ainda não compreendemos como devemos viver; nem como devemos andar diante do criador. Demonstramos que não entendemos quem somos, como ele nos escolheu, a salvação recebida, a graça concedida a nós.
O verdadeiro culto está na nossa busca de conhecer a Deus, de sermos semelhantes a Jesus, de expressarmos em nossas atitudes a mesma atitude de nosso Senhor. Enquanto dermos prioridades para as nossas necessidades, nossos desejos e vontade; não prestaremos o verdadeiro culto a Deus.
O verdadeiro culto está em revelarmos a vida de Deus que nos é concedida, em cumprir e viver segundo a natureza de Deus.