Assumir nosso papel no corpo

Quando lemos a carta de Paulo aos Romanos, ou a oração de Jesus em João 17 sobre unidade, ou quando lemos na carta aos irmãos de Corinto falando da diversidade de dons, papéis, o que de fato pensamos? Esta escrito: “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las. Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente. ” (1 Coríntios 12:7-11).

Quando lemos esta passagem, ou quando lembramos do que Jeus fez na última ceia com os discípulos, ao lavar os seus pés, o que ele disse sobre servir, o que de fato pensamos? Como nos vemos diante de tantos ensinamentos, sobre a nossa importância no contexto do corpo e o que temos feito? O que temos buscado está alinhado com o que Jesus ensinou?

E como líder responsável pela edificação e fortalecimento da igreja estamos de fato preocupados com a edificação dos membros do corpo de Cristo? Ou temos defendido e lutado pelos nossos interesses? Nosso foco tem sido o alcançar posição e cargos, lutamos por isso, “puxamos o saco” para termos o que queremos ou estamos de fato preocupados com a edificação do corpo?

Como participante do corpo de Cristo, estamos preocupados com o nosso amadurecimento, em compreender qual a vontade de Deus e qual o propósito de Deus para as nossas vidas, ou estamos simplesmente, voltados para nós mesmos e atendimento de nossas necessidades?

A quem temos consagrado com líderes no corpo? Em quem temos imposto as mãos consagrando e declarando líderes na igreja? Quem atende e faz o que pensamos ou quem de fato tem agido pelo amadurecimento do corpo?

São aspectos que precisamos refletir e pensar. Estamos de fato preocupados com o aperfeiçoamento dos santos, com a edificação uns dos outros, ou somente voltados para nós mesmos e nossos interesses, esquecendo o nosso papel e responsabilidade pela unidade, pelo crescimento e amadurecimento de todos?

Não existe vida de corpo, não existe crescimento enquanto mantivermos os nossos olhos voltados somente para o atendimento do que pensamos, achamos e buscamos. Amadurecer como é do propósito de Deus, implica em tirar os olhos de nós mesmos, nossos interesses e voltarmos para aquilo que Deus tem nos convocado e nos chamado e tem pedido.

Temos que fazer não o que agrada a nós mesmos, mas sim, o que agrada ao Senhor e o que é bom para edificação e crescimeento do corpo. Honrar ao Senhor, viver o reino de Deus, glorificar o seu nome, expressar a sua glória não é algo possível quando voltamos para nós mesmos; mas somente, quando morremos para nós, nossos desejos e vontade e fazemos o que está no coração do Pai.

Aprendamos a honrar a Deus, aprendamos a nos preocupar com a edificação, fortalecimeento uns dos outros, e a edificação do corpo, para que haja a expressão do Deus vivo pelo que fazemos e não, simplesmente, pelo que falamos.