Inversão de valores quanto ao relacionamento e função

Nos nossos relacionamentos nós temos como atitude priorizar as pessoas, valorizar o que podem e o que não podem fazer para nos ajudar a alcançar certos objetivos. Usamos as pessoas, falamos de relacionamento; mas na prática focamos não no relacionamento, mas no objeto do relacionamento. Precisamos compreender que o foco não são as pessoas e isto Deus nos mostra de forma tão clara, como Paulo escreveu: “…, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados,com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz;há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação;há um só Senhor, uma só fé, um só batismo;um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.” (Efésios 4:1-6).

O que deve ser preservado? O que deve ser mantido? Qual o objetivo de andar juntos e nos relacionarmos como filhos de Deus? Preservar a unidade, o relacionamento. Quando tiramos o foco das pessoas e colocamos no relacionamento, no acordo estabelecido, para que como igreja, andemos, como membros do corpo; então cumpriremos e revelaremos ao Senhor Jesus através da igreja, o corpo de Cristo.

 A prioridade que temos que estabelecer é levar as  pessoas a compreenderem que o foco não é cada um, não é o desejo de cada um, mas o fortalecimento do relacionamento, do acordo que deve reger os nossos relacionamentos com Deus e um com os outros. Não podemos colocar a nossa confiança, a nossa esperança nas pessoas, mas sim, no relacionamento que é estabelecido, segundo o propósito de Deus.

Com este entendimento, podemos compreender que Deus, não age por intermédio de um ou outro, mas por meio de todos, e que ele não só está sobre todos, mas em todos. A preservação da unidade, passa a ser o foco de nossa atenção. Deixamos de pensar como um homem natural e passamos a olhar segundo a natureza divina; onde o interesse individual, a vontade própria, deixa de ter importância e o que é importante é o fortalecimento do relacionamento, preservando a unidade, suportanto uns aos outros.

Ao termos este entendimento, passamos agora, a não priorizar quem somos na igreja, mas sim, o propósito de nossa função para cumprir o querer de Deus. Quando seremos capazes de tirar o foco das pessoas e colocar na unidade, na preservação da unidade? Quando olhamos as funções que foram repartida por Cristo e deixamos de olhar esta função como um cargo, assim como Paulo escreveu em sua carta: “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo,para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro.Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.” (Efésios 4:11-16, BEARA).

Qual a razão da diversidade de função? O crescimento o amadurecimento do corpo. A função é resultante do manifestar o que cada um recebeu como incumbência do Senhor, designado por ele. Agora, quando encaramos a função como um cargo, deixamos de priorizar o propósito da função, e passamos a valorizar as pessoas que ocupam o cargo. Outra vez, incentivamos a atitude errada no seio da igreja. Não devemos consagrar para ser, precisamos confirmar o que as pessoas são.

Compreendemos este aspecto tão importante da vida da igreja?