Precisamos ser livres

Precisamos entender a diferença entre ser e estar. Nós precisamos “ser” e não “estar” livres. O “Ser” livre identifica um estado permanente, já o “estar” livre significa algo temporário. Jesus disse: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:32), ele também, afirmou: “ Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6). Então, podemos observar claramente que quando conhecemos Jesus, então podemos experimentar a verdadeira liberdade.

Mas o que significa ser livre? Este é o ponto que mais pesa sobre nós, pois se não tivermos o entendimento do que significa ser livre, de forma alguma viveremos esta liberdade prometida por Jesus Cristo. Existe, para muitos, uma compreensão errada do que seja ser livre. Queremos e pensamos que ser livre é poder fazer o que desejar e quando desejar. Isto não é ser livre. O entendimento da liberdade prometida por Jesus, e a liberdade experimentada por Deus e que deseja que nós homens tenhamos é fundamental. Pois ao termos o entendimento correto, então andaremos neste mundo conforme Deus deseja, e está no seu plano eterno para nós.

A primeira coisa que precisamos ter consciência. Ser livre não é fazer o que desejamos e queremos; mas sim, termos a liberdade de escolhermos fazer o que é correto, certo perante os valores, caráter e natureza de Deus.

Vivemos dois estados, um antes de conhecer a verdade, quando somos escravos do pecado, e o outro, ao conhecermos a verdade que nos liberta, Jesus. Quando conhecemos Jesus somos transformados em servos, escravos da justiça. Jesus fez a seguinte observação: “Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.” (João 8:34), e Paulo escrevendo aos Romanos, trouxe o seguinte entendimento: “Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues;e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça.” (Romanos 6:16-20).

Quando conhecemos a liberdade em Cristo Jesus, nos tornamos livres do pecado, mas transformados em servos da justiça; por isso, precisamos oferecer os nossos membros para servir a justiça e Deus. Ou seja, para realizar o seu propósito neste mundo.

Ser livre é ter o entendimento que precisamos e que podemos nos libertar de todas as nossas mazelas, tudo o que nos impede de viver relacionamentos profundos, cumprir o propósito de Deus, nos relacionar com Ele da maneira que lhe agrada. Praticar a justiça é andarmos conforme a natureza de Deus. Deus revela a sua justiça, dando o seu filho para resgate de muitos. Nossas vidas têm de ter como propósito revelar a vida e a natureza de Deus aos homens, pois somos os instrumentos de Deus, embaixadores do reino, filhos de Deus para revelar o que e quem ele é.

Ser livre é escolher entre ser escravo da justiça, da vontade e do querer de Deus, como expressão de gratidão pela liberdade, pelo alto preço pago pelo resgate, ou sermos escravos do pecado, e como pecado, devemos entender como viver de forma contrária a natureza de Deus.

E por viver de forma contrária a natureza de Deus, precisamos ter o entendimento que é andar segundo a natureza humana, ou seja, revelando o orgulho, a hipocrisia, seja ela religiosa ou não, a mentira, a falsidade, a arrogância, o orgulho, a falta d e perdão, o se deixar ficar magoado, o receber um ofensa, o desejar a vingança, o odiar uma pessoa, o não conseguir se relacionar com alguém por aquilo que esta pessoa seja.

Precisamos ser livres, para contestar, para contradizer e para fazer de forma diferente o que as pessoas fazem; mas fazer isso segundo a natureza de Deus. Temos que aprender a praticar e a viver a rebelião que Jesus viveu e praticou em sua época. Ele recebeu o ladrão, o pecador, a prostituta, o leproso, o publicano, ou seja, todos aqueles que eram rejeitados pela sociedade que os taxava de não dignos, e fez destes inúteis, instrumentos para revelar a justiça e a vida de Deus a todos em sua época.

Ser livre é agir da mesma maneira que Jesus agiu. É esta liberdade que ele deseja que experimentemos de forma definitiva em nossas vidas, como Paulo escreveu: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” (Filipenses 2:5-8). Portanto, sejamos livres, livres para escolhermos servir a justiça e a vontade de Deus que é a melhor para nós.