“Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!” (Lucas 11:28). “Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” (Lucas 12:15). “A seguir, dirigiu-se Jesus a seus discípulos, dizendo: Por isso, eu vos advirto: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir.Porque a vida é mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes.” (Lucas 12:22-23). “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?Se, portanto, nada podeis fazer quanto às coisas mínimas, por que andais ansiosos pelas outras?” (Lucas 12:25-26).
Todo o ensinamento recebido e o que passamos a nossos filhos sempre está relacionada a este aspecto da vida, em preocuparmos conosco mesmo, em defender o nosso interesse, pois ninguém mais irá defender. Lutamos e nos preocupamos com o que teremos ou não teremos. Colocamos o nosso coração na busca desenfreada de uma certa estabilidade. Não pensamos em fazer, em ter com o intuituio de ajudar, e muitas vezes, pensamos que ao termos faremos, sempre no futuro; mas hoje, porque não termos muito não fazemos. Não compreendemos o princípio e fundamento de Deus, quanto a não sermos avarentos, em dividir o que temos recebido, mesmo no pouco.
Por que precisamos dividir no pouco? Por que suprir a necessidade, por que dividir com quem precisa? Por um simples motivo, quem é fiel no pouco, que observa a palavra no pouco será capaz de fazer no muito. Ledo engano de quem pensa que irá dividir quando tiver muito; pois se não faz hoje com o que tem sido dado por Deus, de forma alguma fará quando muito tiver. Pois a questão não está em quanto ganhamos ou temos; mas sim, em como usamos o que temos recebido de Deus.
Nós precisamos aprender a nos guardar do pensamento humano sobre o reter, o manter, o ajuntar para nós mesmos. Não é esta razão, não existimos para sermos avarentos, mas sim, para nos relacionarmos, para ajudarmos uns aos outros. Se não pensamos assim, se não agimos assim, nunca experimentaremos e nunca veremos a provisão de Deus em todas as coisas.
Quando somos mesquinhos, quando somos apegados as coisas deste mundo, não vemos a misericórdia e o prover de Deus em todas as coisas. Não podemos andar ansiosos quanto ao dia de amanhã, quanto ao que acontecerá; precisamos usar com sabedoria o que Deus tem colocado em nossas mãos como administradores de recursos. Não para usar em nosso interesse e nem para gastarmos sem qualquer sabedoria; pois ambas atitudes estão erradas. Precisamos sim, usar com sabedoria o que Deus tem concedido e da maneira com o Espírito determina e não como achamos.
Guardar do pensamento do mundo é rejeitarmos em todas as nossa atitudes qualquer ação que seja contrária a natureza de Deus, que nos mantém presos a valores e conceitos que não estão alinhados com a vontade de Deus. Não podemos levar nada desta vida, não podemos alterar em nada o curso de nosso viver, não podemos acrescentar um minuto se quer; mas podemos aprender a viver segundo a justiça de Deus, glorificando e exaltando o seu nome, nas coisas que fazemos.