“Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanecem comigo e não têm o que comer.Se eu os despedir para suas casas, em jejum, desfalecerão pelo caminho; e alguns deles vieram de longe.Mas os seus discípulos lhe responderam: Donde poderá alguém fartá-los de pão neste deserto?E Jesus lhes perguntou: Quantos pães tendes? Responderam eles: Sete.” (Marcos 8:2-5).
O que nos impede de ter compaixão das pessoas? O que nos impede de olhar, ver as suas necessidades e baseados no nosso propósito de vida prover a libertação, o conhecimento e compreensão da sua realidade e ajudá-las a mudar? O que nos impede de compreender o que Deus estabeleceu para os homens deste a eternidade? O quanto sentimos de fato compaixão pelas pessoas?
Jesus em sua ação, pode alimentar neste episódio, mais de quatro mil homens, fora mulheres e crianças, que poderíamos falar na ordem, sendo pessimistas, de mais de doze mil pessoas, no mínimo, imaginando que os homens representavam a metado do público e para cada par de adulto haveria uma criança envolvida.
Quando Jesus subiu ao céus, após a sua ressureição, quantas pessoas haviam? Cento e vinte? Se ele fosse fazer as coisas somente por causa do seu propósito, pelo objetivo que tinha, ou se deixasse se mover somente pela natureza humana, ele não supriria e não trabalharia em favor de tantas vidas. Mesmo vidas que não o seguiriam, e que algum tempo depois, por causa de seu discurso, o abandonariam. De todas as pessoas que ele libertava, curava, trazia restauração, quantos de fato o seguiam?
Não podemos nos mover pelos resultados ou pelos nossos objetivos. O que deve nortear as nossas vidas é a vida de Deus, a natureza do criador, não um propósito, um desejo; mas a vontade, a vida e a natureza de Deus revelada em nós. Somos instrumentos, vasos para a honra, para que por nosso intermédio Deus revele a sua vida. Ter compaixão das pessoas, de sua realidade, suprir e trabalhar para suprir esta necessidade deve, também, ser o nosso papel. Não importa se seguirão, se converterão, se entregarão as suas vidas a Jesus, o que importa é o que fazemos, como fazemos, e com que coração fazemos. Não fazemos pelos resultados, mas sim, por que fomos criados em Deus para as boas obras. E ter compaixão pelas pessoas é uma das características de todos aqueles que tem a vida de Deus.
Não podemos agir de forma diferente do que o Senhor agiu, não podemos fazer diferente do que ele fez; mas o que precisamos fazer, é enterrar em todos os momentos a nossa vontade, o nosso desejo, a natureza humana que trabalha contra o propósito de Deus.
Não nos podemos deixar ser guiados pela natureza humana, nós que para o pecado morremos, que fomos crucificados com Cristo na cruz. Precisamos sim, revelar a vida de Deus, manifestar a libertação e cura que ele nos concedeu em Cristo Jesus. Ter compaixão pela vidas é um propósito que devemos revelar em todos os nosso relacionamentos. Não podemos viver a vida de Deus pelas metade, não pode ser mais ou menos.
A compaixão é uma virtude que temos que revelar em todo o tempo, para com aqueles que não conhecem a Deus e para com todos os filhos, idependente do estado de maturidade de cada um, no que tange a compreender o desejo e o querer de Deus para as nossas vidas. Preciamos aprender a olhar com os olhos do Senhor e a agir como pessoas que experimentaram e que tem a vida de Deus.