Amor expresso pela obediência

Qual dos filhos, na estória de Jesus, ama efetivamente o pai? O que falou que iria fazer e não fez? Ou o que disse que não; mas depois, foi e atendeu o pedido do pai? Como Jesus falou: “E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha.Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi.Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi.Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus.Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele.” (Mateus 21:28-32).

Jesus disse que quem o amasse iria obedecer os seus mandamentos. Isto é muito simples, pois quem ama, tem por propósito de atender o desejo e vontade de quem é amado. O verdadeiro amor se expressa em atitude, em ação realizada com o intuíto de honrar e cumprir a vontade do outro. Assim temos que fazer quando casamos; pois se cada um desejar viver como solteiro, buscando os próprios interesses, não terá tempo para agradar ao outro. Não podemos viver para nós mesmos, buscando a nossa satisfação e o nosso prazer e acharmos que podemos amar o outro. Podemos, quando vivemos para nós mesmos, buscar o nosso interesse, usar o outro para atender o nosso objetivo e enquanto o mesmo estiver atendendo os nossos propósitos o amaremos, quando deixar de atender, então, deixaremos de “amar”. Não é verdade? Por que relacionamentos se rompem? Por que não duram? Porque a maioria busca o seu próprio interesse e não o do outro. Ensinamento básico de Paulo para a igreja, e que também, foi expresso na oração de Jesus e nos seus ensinamentos aos discípulos.

O verdadeiro amor está no fato de agirmos em favor do outro, em buscar o interesse do outro. E um relacionamento para funcionar, perdurar; esta atitude tem que ser dos dois, não de um só. Somente haverá intimidade, conhecimento, submissão um ao outro, quando os dois buscarem o interesse do outro.

Temos este ensinamento vindo do próprio Deus. Jesus buscou o seu próprio interesse? Não, ele, como podemos ler na carta de Paulo, esvaziou de si mesmo em nosso favor, abriu mão do que era por nossa causa, para sermos reconciliados com Deus.

O que devemos fazer, se desejarmos ter comunhão com Deus? Abrir mão de nós mesmos, nossa vontade e vivermos para realizar o que agrada a Deus. Andarmos segundo o seu ensinamento, segundo os seus valores. Deus, na sua graça infinita, deseja revelar a sua vida através de nós, como instrumentos para revelarmos tudo o que ele é. Por isso, quando buscamos os interesses de Deus, do atender a sua vontade, do honrar o seu nome, o que estamos fazendo é demonstrando, pela obediência, o quanto o amamos, assim como ele agiu por nós.

Não adianta falarmos que amamos a Deus, mas não o obedecermos. Não existe amor, o amor de Deus manifesto sem a obediência, sem o viver segundo a sua natureza. A verdadeira obra de Deus se revela em nossas vidas, quando nos submetemos, nos colocamos, como um sacrifício vivo, em suas mãos, dependentes, para realizar toda a sua vontade; assim como Jesus fez e nos deu o exemplo do verdadeiro amor por nós e pelo Pai.