Religiosidade e vida pela fé

E Jesus lhes disse: Vede e acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus.” (Mateus 16:6).”Como não compreendeis que não vos falei a respeito de pães? E sim: acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus.Então, entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus.” (Mateus 16:11-12).

Quando Jesus falou esta palavra aos discípulos, ele estava falando do que ensinavam ou do que faziam? Não era do que ensinavam, pois ele afirmou em outra passagem que deveríamos fazer o que eles falavam; mas não o que faziam? A doutrina, ou melhor o fermento, mas não o fermento da vida, e sim, o fermento de toda religiosidade que devemos evitar e fugir é o relacionado a religiosidade que impregnava na época de Jesus e que é uma realidade hoje, em nossas vidas e contra as quais temos que lutar em todo o tempo.

É muito mais fácil ser religioso, é muito simples ser teórico, ou seja, falar, pregar, proclamar e não fazer o que se fala. Isto é muito simples e fácil. Isto que devemos evitar. Pois quando assim fazemos, passamos a ser hipócritas, não praticamos a verdade, rejeitamos o verdadeiro ensinamento de Jesus nos nossos relacionamentos e andamos segundo os valores e ensinamentos do mundo.

Podemos pensar que religiosidade e fé andam juntas; mas não, não andam. Religiosidade é uma coisa e fé outra totalmente diferente; para não dizer o oposto. A fé leva a uma agir, a um fazer segundo o que se crê. Diferente da religiosidade, onde se prega, se fala; mas tudo é teórico; não é prático. Nós cristãos precisamos refletir, nos despir de toda a nossa pretensão e arrogância, e olhar de forma “nua e crua” a nossa realidade. Não olhar nos comparando com outros; mas nos comparando com o evangelho de nosso Senhor Jesus, e responder a questionamentos como: Se damos preferência a uns em detrimento de outros, isto é acepção. Se faltamos com a verdade, omitimos, isto é mentira. Se compramos um policial, para não pagar uma multa, isto é suborno. Se não assinamos a carteira de trabalho de quem trabalha conosco, estamos roubando o que é de direito de alguém, e usando a nossa “pretensa superioridade”. Se falamos de amor, dizemos que amamos a Deus, mas não somos capazes de suportar algumas pessoas, estamos negando ao próprio Deus, pois se não amamos quem vemos, como podemos amar a Deus que não vemos.  Se usamos as pessoas para atender os nossos objetivos e interesses pessoais, isto é egoísmo, e assim, tantas outras atitudes que negam a Deus. Ao fazermos isso, não estamos honrando a Deus, e sim a ao Diabo.

Precisamos despir de toda religiosidade, de nos humilharmos (reconhecermos nossa dependência de Deus), pois só assim, viveremos a verdadeira vida de fé que Deus tem para os seus filhos. Rejeitemos as obras de deste mundo, rejeitemos toda religiosidade, devemos despir de nós mesmos, nossos valores para viver a vida de Deus, que nos é concedida gratuitamente em Cristo Jesus, para a glória e louvor do nome do Pai.