Intercessores ou juízes

Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei.” (Ezequiel 22:30),

Nós nos perdemos em algum momento entre o propósito de Deus para as nossas vidas e o que de fato temos feito em nossos dias. Nós não entendemos o papel da igreja de nosso Senhor Jesus e o seu plano e propósito para o seu povo perante todas as nações.

Fomos feitos filhos não para sermos acusadores, não para sermos juízes, não para apontarmos os erros; pois somos tão pecadores quanto qualquer pessoa neste mundo. Por termos as nossas vidas salvas não deixamos de ser pecadores. Temos o discernimento errado da obra que Deus fez. A nossa salvação, a salvação de nossa alma, não é um mérito nosso, mas sim, única e exclusivamente pela graça revelada e manifestada através de Jesus Cristo. É pelo sangue, unicamente pelo sangue derramado de Jesus, que podemos ter acesso a presença de Deus, pois ele se fez justiça de Deus para nos resgatar.

O nosso papel como igreja de Jesus é estender a tenda, ampliar o espaço da tenda, trazer todos para a comunhão, para a celebração, para que todos conheçam da graça de Deus. Estamos e vivemos neste mundo para que a graça seja alcançada por todos, para que todos experimentem. Deus não preparou a festa para alguns, mas para todos. Nosso papel é chamar, é convidar para que experimentem da vida de Deus. Não somos acusadores, mas temos o papel de ser aqueles que se colocam na brecha, que ocupem o espaço para que intercedam por todos os necessitados, por todos aqueles que ainda não experimentaram da vida de Deus. Não somos juízes, mas sim, reconciliadores, somos embaixadores do reino para que o mundo experimente o melhor de Deus.

O único que pode, que tem o papel de excluir, de julgar é o nosso Deus. E ele o fará segundo a sua justiça revelada, segundo a sua palavra dada. O único que tem poder para excluir e tirar da comunhão, da celebração, assim como na parábola de Jesus, é o dono da festa, nosso Deus, como está em Mateus 22:1-14.

Assumamos o papel de mordomos, de servos, responsáveis para convidar, para receber, para servir, para revelar a graça, o amor e a misericórdia de Deus entre os homens. A igreja precisa rever o seu papel como instrumento de Deus para manifestação da sua justiça. Na realidade precisamos compreender o que seja a justiça de Deus.