Por que não queremos criar vínculos, responsabilidades para com as pessoas? Por que rejeitamos qualquer tipo de “obrigação” que envolve um compromisso com relação ao que temos que fazer? Por que os nossos compromissos são tão superficiais e não envolve comprometimento com as vidas? A falta de compromisso é uma característica humana, o não querer responsabilidade com outras pessoas.

Podemos ver isto em todos os ambientes e em todos os lugares. As pessoas querem usufruir dos benefícios, mas não querem compromisso; muito menos responsabilidade, isto é nos relacionamentos familiares, especialmente nos casamento atuais, nas igrejas, não importa a denominação ou mesmo credo. Seja de cunho cristão ou não. Seja católico, evangélico, espírita, budista, etc. Não importa a crença, não existe o compromisso sério e firme de maneira geral. O que era exceção, virou regra, o que era regra virou exceção. Existe somente a definição de fazer quando for conveniente, quanto estiver interessado, quando puder; mas obrigação, ninguém quer. Por que desta atitude? Não está nos atendendo, não está nos  satisfazendo, então o que fazemos? Simplesmente “abandonamos o barco”, vamos buscar os nossos interesseses. Estranho né se falamos disto no meio cristão que tem outro exemplo daquele a quem denominamos de mestre e Senhor?

Quando falamos de cristianismo, quando falamos como “seguidores de Jesus”, que queremos imitá-lo é uma atitude muito estranha e de forma alguma alinhada com o propósito, o querer e a justiça de Deus.

Precisamos entender o reino de Deus e a sua vontade para os homens. Enquanto pensarmos que podemos viver o reino de Deus com o mesmo pensamento e valores predominantes no mundo, o que estaremos vivendo é mais uma religião do que efetivamente o cristianismo apregoado por Jesus Cristo.

Vamos imaginar que Deus adotasse o mesmo pensamento que nós, onde estaríamos? Imaginemos que Jesus tivesse a mesma postura que temos hoje, provavelmente a cruz nunca teria sido uma realidade, teria? Quem gostaria de um compromisso deste? Imaginemos se ele tivesse o mesmo tipo de comprometimento que temos hoje para com o reino de Deus? Onde estaríamos?

Compromisso é uma aliança que estabelecemos, é uma acordo, é uma palavra empenhada. Isto fazemos para com a pessoa que escolhemos viver neste mundo (nosso marido ou esposa), ou o nosso compromisso com o reino de Deus. Com relação a Deus e o seu reino, precisamos entender que não estamos empenhando a nossa palavra e firmando a aliança com pessoas; mas com Deus. Enquanto acharmos que fizemos uma aliança com homens, então a nossa atitude não deverá ser diferente; mas se lembrarmos sempre que o nosso compromisso é com Deus, provavelmente vamos agir de forma diferente do que temos feito até hoje.

Ele mediu esforço para nos regastar? Não, então por que não podemos empenhar da mesma maneira que ele fez por nós? Qual o intuito de permanecermos e vivermos neste mundo? Para buscar e atender os nosso interesses? Não, precisamos compreender que fomos comprados por preço (resgatados, libertos do poder do pecado), por um alto preço; não dá para viver mais ou menos. Não dá para começar e não terminar coisas. Não dá para abandonar o propósito da igreja quando os nossos desejos não são atendidos.  Não dá para viver o reino de Deus pela metade, não dá para deixar as pessoas na mão porque não queremos fazer algo, ou porque estamos com preguiça.

Precisamos decidir com quem empenhamos a nossa palavra e com quem nos comprometemos. Se com homens, ok, podemos continuar a fazer e a viver da forma como estamos fazendo; mas se foi com Deus, precisamos rever as nossas atitudes, pensamento e ações. Não podemos ignorar o propósito e o querer de Deus para as  nossas vidas. Somos ou não úteis ao reino de Deus. Fazemos por causa das pessoas, ou porque é o desejo de Deus?