Quando falamos de reinventar, não estamos nos referindo a igreja, ao corpo de Cristo, a noiva, cujo propósito é bem claro e explicito na palavra. Não temos que ter dúvida sobre a razão da igreja, do corpo de Cristo e onde nos situamos e qual o nosso papel no corpo. A grande questão é que criamos uma outra “igreja”, uma instituição que traduz e manifesta os desejos dos homens, que nada tem a ver com o corpo de Cristo que transcende época, localização física, opiniões pessoais, regras e dogmas estabelecidos.
Precisamos voltar às origens, lembrar quem somos, o nosso papel e qual a vontade de Deus e o propósito estabelecido no seu plano quanto a sua igreja. Podemos querer justificar por todos os meios a obra do homem, podemos querer justificar o que fizemos e o que temos feito; mas nada disto é justificável.
Quando olhamos a instituição que criamos podemos observar um ciclo de vida. Na Europa, origem de todo o evangelismo das américas e outras partes do mundo, uma “igreja” que já não existe, prédios hoje, são usados como locais de turismos, ou mesmo casas de show. Nos Estados Unidos podemos observar a mesma tendência, onde as “igrejas” estão morrendo. Onde uma geração mais jovem não vai e questiona.
A “igreja” deixou de ser um lugar onde as pessoas encontram paz, mas sim, um lugar onde se evita de ir, onde, pelas atitudes das pessoas, o nome de Deus é muitas vezes blasfemado. Onde as pessoas rejeitam qualquer ideia de evangelho por causa de dogmas e regras que são concepções de homens.
Quando olhamos o espalhar do evangelho no nosso país e a situação que estamos hoje, podemos ver claramente que seguimos os mesmos passos das nações de onde o evangelho veio. No inicio, tínhamos prédios mais simples, locais para nos reunir, onde o objetivo era simplesmente a comunhão e adoração, um lugar para um momento de celebração. Hoje, gastamos, investimos em conforto, dispendemos grandes somas de dinheiro em reformas, ampliações, melhores condições, e esquecemos as pessoas. Pregamos um evangelho que não observamos. Falamos do que está escrito; mas não vivemos o que pregamos.
É hora de repensarmos o que estamos fazendo. Organização, planejamento, estrutura tudo isto é importante e fundamental no crescer do reino de Deus. O que não podemos é alterar os valores. Não podemos deixar de focar em pessoas para focarmos em prédios e conforto próprio. Devemos priorizar a expansão do reino, devemos focar no crescimento de um evangelho puro, da expressão de amor, do manifestar a unidade, de ser a revelação da multiforme sabedoria de Deus e não uma instituição onde prevalecem os valores e desejos dos homens.
Gastamos fortunas para ampliar, para construir, mas não queremos gastar um pouco mantendo pessoas em locais distantes para a expansão e crescimento do reino e revelação da graça e amor de Deus.
Precisamos nos reinventar como instituição, precisamos voltar as nossas origens, precisamos ouvir o que Deus está falando com relação a nova geração que está longe e tem fugido daquilo que dizemos ser tão bom. Até quando permaneceremos míopes e surdos quanto ao que Deus está falando? Até quando continuaremos a defender os nossos interesses e não os verdadeiros valores do reino de Deus? Até quando continuaremos achar que o caminho que estamos seguindo não é um caminho que leva a morte?
Muito bom mano! Acho já existe uma resposta brasileira para esses questionamentos, uma Igreja consciente da sua missão e engajada no propósito principal: a glorificação a Deus e a expansão do Reino!