Posicionamento como líderes do reino de Deus

Depois de tudo o que nos tem sucedido por causa das nossas más obras e da nossa grande culpa, e vendo ainda que tu, ó nosso Deus, nos tens castigado menos do que merecem as nossas iniqüidades e ainda nos deste este restante que escapou,” (Esdras 9:13, BEARA). “Ah! Senhor, Deus de Israel, justo és, pois somos os restantes que escaparam, como hoje se vê. Eis que estamos diante de ti na nossa culpa, porque ninguém há que possa estar na tua presença por causa disto.” (Esdras 9:15, BEARA).

O aspecto que precisamos compreender e que vemos na atitude de Esdra diante do pecado da nação e que devemos tomar a mesma postura que ele: Não jogou a culpa no povo, e sim, se incluiu com um responsável pelo pecado da nação.

Temos por característica humana, devido a nossa natureza, nos excluir dos erros e falhas dos outros quando nós não fazemos. Tomamos uma atitude de egoístmo, orgulho e arrogância, nos precupando somente com a nossa situação, que achamos estar resolvida e que estamos acima das pessoas. Isto é: “estamos salvos”, “recebemos o perdão de Deus”, não falamos, mas agimos da seguinte maneira:  “o mundo é culpado por não enxergar esta verdade e permanecer no pecado, separado de Deus. Eles não quererem estar conosco, então que se auto condenem”.

Temos ainda a arrogância de pregar e condenar os atos de cada um, ou de fato temos agido diferente? Não agimos justamente desta maneira: “o meu problema está resolvido”? Mas se esta é a nossa atitude, deveria ser? Qual deveria ser a nossa postura.

Compreendemos que o que significa a salvação e o que é a santificação? Compreendemos que a salvação é pela graça, um dom de Deus, resultante da misericórdia de Deus, dele se revelar a nós, através de alguém e que isto não dependeu simplesmente de nossa escolha e querer? Pensamos que a santificação é nos tornarmos mais puros e mais próximos de Deus (mais dignos)?

Precisamos entender que quanto mais caminhamos na jornada de santificação, rumo ao nosso alvo, Jesus Cristo, cumprindo a sua vontade, nos vemos cada vez mais pecadores, mais indignos da graça e da misericórdia de Deus? Compreendemos que quanto mais fazemos morrer a natureza humana e deixamos a natureza de Deus fluir em nossas vidas; mais compaixão e misericórdia teremos para com aqueles que estão cegos, perdidos no mundo e escravos dos seus pecados?

Se não temos experimentado isto em nossas vidas, então não temos experimentado da verdadeira vida de Deus; pois é esta vida, a vida eterna de Deus, que flui em nós, que nos leva, a agir em favor das pessoas? Se não temos compaixão, se não nos incluimos junto as pessoas, aos pecados, nos responsabilizando por seus erros, como Esdra fez, de forma alguma agiremos.

Como Esdra recebeu a palavra a seguir, nós somos convocados a agir: “Levanta-te, pois esta coisa é de tua incumbência, e nós seremos contigo; sê forte e age.” (Esdras 10:4, BEARA).

O nosso papel como filhos de Deus, como sacerdotes do Deus vivo, como representantes do reino de Deus, como embaixadores, como reconciliadores dos homens com Deus, é levarmos uma mensagem viva, mensagem expressa em palavras, sim, mas principalmente em atitude. Atitude que revela as virtudes do Deus vivo e verdadeiro.

Nós, como líderes do mundo, como cidadãos do reino de Deus, devemos, agir como tais. Devemos mostrar o caminho da libertação, da cura e da restauração. Devemos de forma persuasiva, com diligência e perserverança, convictos da vontade de Deus levar um evangelho vivo, a nova aliança de Deus com os homens. Devemos, para isso, morrer para nós mesmos, e vivermos para a vontade de Deus, sabendo que ela é a melhor para nós e para àqueles que nos cercam.

Não estamos aqui falando de palavras de condenação, de repreensão; pois em momento algum Jesus agiu assim, muito pelo contrário, foi inclusivo, demonstrou compaixão, misericórdia e graça para com todos, Sejamos, portanto, imitadores de Deus como filhos amados.