Vivemos a vontade de Deus?

O Senhor advertiu a Israel e a Judá por intermédio de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Voltai-vos dos vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, segundo toda a Lei que prescrevi a vossos pais e que vos enviei por intermédio dos meus servos, os profetas. Porém não deram ouvidos; antes, se tornaram obstinados, de dura cerviz como seus pais, que não creram no Senhor, seu Deus. Rejeitaram os estatutos e a aliança que fizera com seus pais, como também as suas advertências com que protestara contra eles; seguiram os ídolos, e se tornaram vãos, e seguiram as nações que estavam em derredor deles, das quais o Senhor lhes havia ordenado que não as imitassem.” (2 Reis 17:13-15, BEARA).

Já paramos para nos questionar se somos de dura cerviz, que não nos submetemos a vontade de nosso Deus? Ou achamos que somos bons filhos, servos e revelamos em tudo o querer de nosso Deus? Como devemos julgar a nós mesmos quanto a nossa obediência a vontade do Pai? Como devemos julgar a nós mesmos quanto a  sermos semelhantes ao povo de Israel e Juda que embora ouviu da vontade e do querer de Deus, ainda assim, permaneceu em ser rebelde a sua vontade?

Não podemos achar, como qualquer religioso, que estamos fazendo e vivendo a vontade de Deus sem antes analisarmos e julgarmos a nós mesmos a luz da Sua palavra e de sua vontade expressa. Podemos achar que somos “bonzinhos”, que realizamos “o querer de Deus”, que fazemos muitas coisas e cumprimos a sua vontade, simplesmente pelo que pensamos ou achamos.

Como então devemos nos julgar? Contra o quê devemos nos comparar? Diante de tal comparação como devemos agir? Temos sido advertidos e temos rejeitado a palavra que o nosso Senhor tem nos trazido? Temos agido como as igrejas do Apocalipse as quais João escreveu uma carta?

Devemos nos comparar não com relação ao que achamos, mas sim, com o que está escrito e que foram palavras de Jesus, como: o sermão da montanha (Mt 5, 6, 7). Que atitudes temos revelado em relação a este sermão? Tudo é uma utopia e não traduz a vontade de Deus para as nossas vidas? Ou a árvore e seus frutos (Mt 12:33-37), ou quanto ao tipo de solo que temos sido (Mt 13:1-23), ou a tradição religiosa em relação ao que contamina o homem (Mt 15:1-20), ou no revelar compaixão, como a que revelou a mulher de Samaria (Jo 4:1-18), ou a adúltera (Jo 8:1-11), ou como Pedro podemos afirmar que somente Jesus tem as palavras da vida (Jo 6:66-69),  ou quanto ao julgamento (Jo 7:24), ou se temos permanecido em sua palavra (Jo 8:31-36),  ou se temos agido como os religiosos na época de Jesus (Jo 12:42-43), se temos agido como servo uns dos outros (Jo 13:12-20),  ou se temos obedecido ao novo mandamento (Jo 13:34-35), ou se podemos afirmar como Jesus afirmou a Felipe (Jo 14:9-15), ou se temos permanecido em sua palavra (Jo 15:1-17), ou se a oração de Jesus ao Pai, é a mesma que fazemos todos os dias (Jo 17) quanto a sermos um.

Podemos ainda incluir as cartas de Paulo, Pedro, João, Tiago, que falam de amor, de honrar, de respeitar, de amar e que atitudes tomar com relação as pessoas que nos ofendem e nos maltratam.

Devemos nos julgar a luz do que fala a palavra e não baseado no que pensamos ou achamos. Nosso termômetro deve ser sempre o que o Senhor espera de nós, e não o que achamos que devemos ser como qualquer religioso faz. Viver a vontade do Pai, implica em morrer, morrer para nós, para a nossa natureza, para os nossos desejos e sonhos.

Estamos prontos e desejosos de sermos verdadeiros filhos? Temos sido como Paulo e esmurrado o nosso corpo reduzindo a escravidão, quanto a viver e obedecer a vontade do Pai?

Viver a vontade de Deus não é algo que falamos que fazemos, mas sim, é algo que revelamos pelo que fazemos, pelas nossas atitudes, pelas nossas ações.