“Então, disse o povo a Josué: Não; antes, serviremos ao Senhor. Josué disse ao povo: Sois testemunhas contra vós mesmos de que escolhestes o Senhor para o servir. E disseram: Nós o somos.” (Josué 24:21-22, RA Strong).

Precisamos ter uma compreensão clara para as nossas vidas do que significa “escolho servir ao Senhor”. Se não tivermos, estaremos, muitas vezes, trabalhando muito e não fazendo nada para Deus, achando que estamos servindo-o.

Nós transformamos os meios em objetivos em si mesmo; mas esquecemos do objetivo principal, da razão de nosso viver. Ir ao culto, a missa, encontrar as pessoas fazem parte da vida de quem conhece a Deus e compreende este momento especial de comunhão e confraternização. Fazer caridade, ajudar, não se faz para obter algo, ou porque tem que fazer; mas sim, por que faz parte da natureza e daquilo que somos. Ir a missões, evangelizar, também, é a mesma coisa. Não fazemos porque temos que fazer, não fazemos como um objetivo em sim; mas sim, resultante do que somos.

Quando dizemos que queremos servir a Deus, precisamos entender, que o que estamos falando é: nós abrimos mão de nossa vontade em favor de viver segundo a vontade de Deus. Ou seja, submetemos a nossa vontade a vontade do Pai. Todo o nosso querer, todo o nosso pensamento, todos os nossos desejos estão voltados em realizar aquilo que seja o sonho e o querer de Deus para nós.

Precisamos, também, entender que existem duas vontades estabelecidas no universo, a de Deus, justa, boa, perfeita e agradável; e a do princípe deste mundo, Satanás. Ou submetemos a uma ou a outra; não existe a opção de querer viver a nossa vontade sem estar submisso a uma das duas. Isto por causa da natureza caída e corrupta dos homens.

Quando seguimos a nossa vontade, estamos de fato, seguindo a vontade que prevalece para a natureza humana. Embora, nós compreendamos o que seja bom, o que seja correto, o que seja justo, nós não fazemos o que sabemos ser o certo; mas sempre escolhemos o errado, o que trás desgaste, o que valoriza a nós mesmos (egoísmo), o que destrói relacionamentos (orgulho), o que não trás harmonia e união; mas sim discórdia e separação (a falta de perdão, do querer submeter uns aos outros). Estes valores, embora saibamos que não são bons, são os que dominam as nossas vidas. Isto resultante da queda do homem. Por causa da sua natureza pecadora, o homem, em si, está submisso a vontade do princípe deste mundo; aos valores que reinam nesta terra.

Quando conseguimos libertar da vontade do príncipe deste mundo e experimentamos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para as nossas vidas? Quando entregamos nossas vidas ao Criador, quando nos submetemos a Jesus Cristo. Quando nascemos de novo, quando submetemos a nossa vontade a vontade de Deus, ou seja, quando abrimos mão do que pensamos ser a nossa liberdade, e que de fato é uma escravidão, e nos colocamos sob a vontade de Deus, entregando as nossas vidas. Quando fazemos isso, de fato experimentamos a verdadeira libertação.

Servir a Deus é andar segundo a sua vontade, seus valores, sua natureza. Ou seja, revelar perdão, misericórdia, graça, bondade; não nos achar superiores ou melhores que os outros; mas tendo atitude de servir, assim, como faz o nosso Deus; sermos mansos e reconhecermos que o tempo é de Deus; não vivermos uma vida de ansiedade; mas aprendermos a esperar a a descansar no autor da vida. No nosso dia a dia, valorizar as pessoas, os relacionamentos e não o que desejamos, pensamos ou sonhamos. Precisamos compreender que servir a Deus é andar, todos os dias, em todo o tempo, como um cidadão do reino e não querer departamentalizar as nossas vidas: igreja, serviço, família.

Viver a vontade de Deus é um processo onde dia após dia, aprendemos a abrir mão da nossa vontade (fazer morrer a natureza humana), onde rejeitamos tudo que provêm da carne, da alma e que não seja conduzido por Deus (mesmo obras que pareçam ser boas e que estejam nos planos de Deus); e nos submetemos àquilo que está nos Seu coração e nos é revelado pelo Espírito Santo.