Nosso limite

Porque este mandamento que, hoje, te ordeno não é demasiado difícil, nem está longe de ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos?” (Deuteronômio 30:11-12, BEARA), assim como Paulo escreve em sua carta para os Coríntios: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar. ” (1 Coríntios 10:13, BEARA)

Isto que precisamos entender. O mandamento, as determinações, tanto no velho testamento, como nas palavras do Senhor Jesus, nada que nos é concedido, ou dito para fazermos, está acima do que podemos de fato fazer. Nem mesmo as provações que tem o intuíto de nos moldar e nos ensinar a confiar no Senhor.

Deus fez tudo conforme o que podemos fazer, Ele na sua sabedoria, não só diz o que e como devemos fazer e viver; mas como nos capacita para viver da forma que lhe agrada. Ele nos conhecendo, compreendendo as nossas limitações; opera em nós, para que seja a através de nossas vidas, revelada a sua vida.

A obediência aos mandamento do Senhor, não podem e nem é do desejo de nosso Senhor que sejam vistas por nós, como um sacrifício, como algo penoso e difícil; mas sim, devem ser vistos como uma expressão de amor a Ele por tudo que fez por nós.

Mas o que precisamos aprender é que podemos obedecer; mas para obedecermos, precisamos ter o entendimento da obra realizada por Deus, sua capacitação que nos é concedida em Cristo Jesus.   Na segunda carta de Pedro vemos isso claramente, no capítulo um, a partir do verso dois, onde ele afirma que nos foi concedido tudo para vivermos uma vida de piedade; mas mais que isso, ele nos instrui em como chegar a maturidade espiritual e a obediência à palavra.

Devemos mudar a forma de encarar e ver as coisas. Precisamos ter o entendimento e aceitar por fé que tudo o que Deus nos concedeu e “exige” de nós, e por exigir, devemos compreender como sendo o fazer de forma natural; é originado no próprio Deus, ou seja, ele nos capacita para viver uma vida que lhe agrada. O viver uma vida em obediência, respeitando as leis do reino de Deus, não é algo pesaroso e difícil; mas muito ao contrário, é algo natural quando compreendemos a obra e a  natureza que dele recebemos.

Quando acharmos que chegamos no limite, precisamos entender, que de fato, ainda não começamos a viver segundo a vontade de Deus e nem vivemos de forma dependente do Senhor; mas muito pelo contrário, ainda estamos vivendo na carne e na força da natureza humana; portanto, longe do propósito e vontade do Senhor para nós. Precisamos compreender que o nosso limite está no limite de Deus, que a nossa restrição, está na restrição que o próprio Deus impõe a si mesmo.

Por isso, precisamos meditar: Qual a limitação e restrição de Deus para fazer, operar e realizar as coisas? Não seria esta limitação impostas por nós mesmos? Não seríamos nós os limitadores da manifestação do poder e da glória de Deus? Escolhamos viver por fé e na dependência completa do Senhor; para termos o entendimento da limitação e de nosso limite na obediência e no realizar da vontade soberana de Deus.