Muitas vezes nos perguntamos: qual a chance de um relacionamento dar certo? Relacionamento em qualquer sentido, seja amizade, casamento, ou mesmo no andar com Deus. Qual a chance de dar certo?

Em qualquer situação somente de 50% de dar certo, quando pelo menos uma das partes se empenha 100% nele. Sendo este o cenário, o que precisamos fazer? Que atitude devemos tomar?

Se falarmos de uma relacionamento de amizade, ou de um casamento, e somente um se empenha para que aquele relacionamento dê certo, embora, aparentemente a chance seja relativamente alta, a possibilidade de dar certo é próxima de nula, ou quase nula. Um relacionamento não funciona somente com um lado se empenhando e se comprometendo. Para que um relacionamento dê certo é preciso que os dois lados do relacionamento se comprometam cem por cento com ele; pois mesmo isso ocorrendo, ainda, assim, é difícil. Mas como melhorar as condições, os fatores para que haja a chance de dar certo.

Mudança de atitude, uma nova postura diante do que consideramos importante. Assim como Deus agiu em nosso favor, dando nos o exemplo, assim devemos agir para que os nossos relacionamentos deem certo. O propósito de Deus, desde os tempos eternos, é estabelecer com o homem um relacionamento profundo, ao ponto, como expresso na oração de Jesus, ser um.

Este foi o pedido do Senhor ao Pai, para que fôssemos um com ele, assim como ele era com o Pai. Mas o que Deus fez em nosso favor para que haja a chance de dar certo? Ele se deu em nosso favor. Jesus abriu mão do que era, do tinha, e veio habitar entre os homens, ser homem, padecer e sofrer, para que nós pudéssemos ser reconciliados com o Criador. O Pai expressa o seu amor, dando o seu filho, para que por meio dele tivéssemos a condição de chegar a sua presença. Mas e nós, o que temos que fazer? Devemos, para que possamos ser um com Deus, nos entregar a ele, assim como ele se entregou por nós. Devemos nos dar, nos oferecer, oferecer o que somos, tudo, sem restrição, sem exceção. Quando fazemos assim, então, o nosso relacionamento com Deus tem chance de dar o resultado que ele deseja, de sermos um com ele e com o seu filho. Sem nos dar, sem a nossa morte, sem o morrermos para nós mesmos não conseguiremos experimentar a verdadeira vida e usufruirmos de uma relacionamento profundo e permanente com Deus, como é do seu desejo para nós.

Os nossos relacionamentos com amigos e conjuge podem dar certo? Sim, podem, desde que observemos o mesmo princípio de relacionamento com Deus. Quando entramos em um relacionamento, pensando que sempre o outro está errado, que o outro está enganado, que o outro tem que fazer tudo que nos agrada, que o outro existe para nos servir e atender os nossos desejos, que o outro existe para suprir o que precisamos então a chance de dar certo é zero. Mas se a nossa postura for de abrir mão do que pensamos, abrir mão dos nossos desejos e buscar, sim, o atendimento da necessidade do outro, suprir os seus desejos, atender primeiramente o que o outro quer, e desde que o outro haja da mesma maneira, então a chance de dar certo é altíssima. Um relacionamento somente dá resultado, quando, deixamos de ser egoístas, e pensamos no outro, quando deixarmos de ser orgulhosos, e assumimos a posição que o erro sempre é nosso. Isto dos dois lados, quando os dois se comprometem um com o outro, então existe chance de dar certo. Não pode haver orgulho, não pode haver arrogância, egoísmo, ou qualquer atitude inerente a natureza humana. Quando assim agimos, então o relacionamento pode dar certo.

Não se trata de compatibilidade de gênios, não se trata de pensar da mesma maneira, ter a mesma opinião, gostar das mesmas coisas. Mas, sim, fundamentar o relacionamento não nos nossos interesses, mas no atender o interesse do outro. Para dar certo, precisamos agir segundo a natureza de Deus, segundo o mesmo princípio e fundamento. Isto, tanto em coisas simples, como nas mais complexas. Somente abrindo mão de si mesmo, em favor do outro, é que podemos construir relacionamentos fortes e duradouros. É na aparente fraqueza que está a força de um relacionamento duradouro.