“Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor será este o tempo em que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 1:5-8, RA Strong).
Por que agimos como os discípulos? Jesus tinha sido crucificado, ressuscitou, andou com eles durante quarenta dia falando das coisas concernentes ao reino de Deus, e qual era a preocupação dos mesmos? Se aquele momento seria o momento de restaurar o reino de Israel. Eles estavam procupados com coisas terrenas, com os valores deste mundo. Jesus ensinava e falava de coisas espirituais, do reino, e eles? Preocupados com as coisas deste mundo. Qual era a coisa mais importante que eles deveriam estar pensando: sobre como levar a noticia do reino, da graça e do amor de Deus manifesto a todo o mundo, não simplesmente a Jerusalem, mas a todo o mundo.
Somos diferentes? Não, nós os imitamos na maioria de suas ações, atitudes e preocupações, e fazemos as coisas de forma semelhante. Era para eles levar a mensagem até o confins da terra. E vemos na sequência de “atos dos apóstolos” que eles só fizeram, isso, porque iniciou uma perseguição que fizeram os discípulos sairem para outras bandas, caso contrário ficariam em Jerusalem. Não é a mesma coisa que fazemos? Estamos imbuidos de levar a mensagem a todos os cantos, e dificilmente, saimos de nossa casa para falar e revelar a graça de Deus a um vizinho, a um bairro de nossa própria cidade, além de estarmos preocupados coma a situação material, se teremos isso ou aquilo, se conseguiremos isso ou aquilo.
Como mudar esta ordem de valores? Como levar nos, que somos egoístas a um vida que seja semelhante a de Jesus? Como fazer morrer esta natureza humana, como fazer que haja transformação de atitude, que haja mudança de visão, que tenhamos os mesmo sentimento, o mesmo desejo manifesto por Jesus? Desejo ardente de cumprir e realizar a vontade do Pai. Precisamos rever os nossos conceitos, precisamos mudar a forma de pensar, precisamos deixar de viver uma vida religiosa e viver uma vida segundo os preceitos do reino, viver segundo a vida que procede do trono de Deus, vida que revela a vida de Deus.
Enquanto não compreendermos isso, enquanto não entendermos que somente a nossa morte, o morrer para a natureza humana, o transformar a forma de pensar, o experimentar da verdadeira vida, segundo os fundamentos do reino e da vida de Deus, não experimentaremos a boa, a perfeita e agradável vontade de Deus.
Nossos corações não podem estar amarrados nas coisas desta vida, não podemos querer viver o reino de Deus, andando segundo o pensamento do mundo> Não podemos ser religiosos, não podemos achar que Deus se agrada das coisas que fazemos por nós mesmos, em nós mesmos, ainda que aparentemente revestidos de toda religiosidade e ares de misericórdia e compaixão. O nosso Deus conhece os motivos e razões de nossos corações, nós não estamos aqui para serví-lo conforme achamos que seja a sua vontade; mas sim, estamos aqui para cumprir a sua vontade no seu tempo. Por isso, precisamos para de pensar e desejar coisas materiais e valores deste mundo, precisamos, como os apóstolos, viver a verdadeira vida de Deus, depois que eles compreenderam a vontade do Pai. Não recebemos o Espírito Santo para andar nos nossos próprios caminhos, mas sim, para abandonar a velha vida e vivermos em novidade de vida, com um novo coração, coração que recebemos do Pai, coração que revela a sua graça e a sua vida ao mundo que tanto carece do conhecimento de Deus.
Sejamos filhos que revelem o Deus que dizemos conhecer! Morramos para a nossa natureza humana, cumpramos a vontade do Pai, como expressão de amor que ele derrama em nossas vidas.