“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (João 1:12-13, BEARA). “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (João 3:17-18, BEARA)
Crer é uma confiança inabalável, fé é a convicção do que não se vê, é a certeza de que aquilo que foi prometido será cumprido. A fé não depende de nós, não depende de nossa alma, ela é concedida por Deus; pois dentro do pensamento humano não cabe a fé, não cabe o crer em Deus. Pois em ambos implica em algo que não se pode explicar, somente experimentar, somente viver. Trascende qualquer raciocínio humano e lógica humana..
Crer e ter fé, nos leva a nos mover em favor daquele que fez algo por nós. A salvação é algo dado imerecidamente, não fizemos nada para receber, não fizemos nada para que nos capacitasse a ser um eleito. Tudo provêm do amor de Deus, da graça de Deus que se revela a nós.
Somente o operar de Deus e um desejo ardente de servir, de glorificar a Deus é que nos move no desejo de fazer tudo o que agrada a ele. Quando compreendemos o amor de Deus por nós. O que fez por nós, não existe outra atitude que não seja a nos colocar a seus pés como servos, dispostos, de todo o coração, a querer servir, a ser transformado pelo operar do Espírito Santo, para que a vida de Deus se manifeste através de nós.
Acreditar que Deus exista não é suficiente, pois, com o Tiago comentou em sua carta, o diabo crê e treme, por que? Por que ele conhece mais do poder de Deus que nós. A nós foi dada a graça de experimentar da vida, de usufruir o novo nascimento, de conhecer o amor e a graça de Deus. E ao recebermos isso não podemos ter outra atitude que não seja nos colocar a sua disposição, oferecer-nos a ele, oferecer os nossos corpos para a manifestação e revelação da sua graça. Deixar que o Espírito nos conduza e nos ensine a glorificar ao nosso Pai em todas as coisas, em todas as atitudes e ação.
Jesus não veio para julgar, para condenar; mas para salvar, para reconciliar, para nos levar a presença do Pai. E se nos submetemos a ele, nos entregamos completamente, sem restrição, sem condição, se aprendemos a nos colocar, como Paulo, como dependentes, como servo fiel, então o Senhor irá nos usar. É nosso papel, nos submeter a vontade de Deus. Não por obrigação, não por imposição, mas como um ato de amor, como um ato deliberado de oferecer tudo o que somos, alma, corpo e mente para o realizar da vontade de Deus, como um sacrifício vivo. Quando recebemos as marcas da cruz, as marcas da promessa, o que estamos fazendo é declarando a nossa morte para viver para Deus, segundo o seu coração e propósito estabelecido em Cristo Jesus a todos os creem em seu nome.
Experimentar de Deus, ter a verdadeira vida, ter vida abundante implica em morrer para nós, para os nossos desejos e vontade e nos submeter a Cristo como Senhor e Salvador, reconhecendo que somente ele dá vida, e que fora dele, fora da obediência a suas palavras não existe vida; pois viver fora da sua palavra, implica em rejeitar os princípios, fundamentos do reino e da natureza divina que ele revelou a nós outros.
Não dá para viver no reino de Deus com o orgulho, egoísmo, inveja, ciumes, brigas e contendas. Quando dizemos que cremos aceitamos e nos sujeitamos a vontade de Deus. Quando dizemos que cremos fazemos o que o Senhor diz que devemos fazer. Não questionamos, não discutimos, não arguimos em discussões infundadas que levam a preceitos de homens; simplesmente fazemos, fazemos por que cremos e por que recebemos e tivemos a nossa fé alimentada pelo conhecimento da vontade de Deus.