Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Cafarnaum. Quando já estavam em casa, Jesus perguntou aos doze discípulos: — O que é que vocês estavam discutindo no caminho? Mas eles ficaram calados porque no caminho tinham discutido sobre qual deles era o mais importante. Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: — Se alguém quer ser o primeiro, deve ficar em último lugar e servir a todos. Aí segurou uma criança e a pôs no meio deles. E, abraçando-a, disse aos discípulos:” (Marcos 9:33-36, NTLH). “Então Jesus chamou todos para perto de si e disse: — Como vocês sabem, os governadores dos povos pagãos têm autoridade sobre eles e mandam neles. Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de todos. Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente. ” (Marcos 10:42-45, NTLH).
Compreendemos as palavras de Jesus, a conhecemos desde o princípio, por que não fazemos o que ele fala? Por que não fazemos como ele determina e como o exemplo que deixou? Não seria porque estamos tomando a mesma atitude do joven rico? Não é por não querermos morrer para nós mesmos?
Quais são as verdadeiras motivações de nosso coração? Precisamos julgar a nós mesmos, julgar-nos de forma a nos colocar nos princípios do reino de Deus. Precisamos pedir que o Espírito Santo abra o nosso entendimento e nos ajude no processo de libertação dos nossos interesses, de nossa vontade própria, do morrer para nós mesmos.
Como mudar? Não adianta querermos fazer as grandes coisas e as grandes mudanças de um dia para outro. Precisamos, como criança, iniciar devagar, nas pequenas ações e atitudes. São mudanças e transformações que vamos tomando consciência, vamos nos santificando, para santificar as pessoas a nossa volta. A medida que vamos crescendo, vamos alterando a nossa forma de pensar, vamos nos libertando de nossas emoções que nos impedem de viver plenamente a vontade e o plano de Deus para as nossas vidas.
Enquanto não morrermos para o nosso orgulho ferido, enquanto não morrermos para a mágoa, para a revolta que sentimos, de forma alguma seremos capazes de ser líderes verdadeiramente usados por Deus. Ser líder para o reino, é sinônimo de servir. De levar pancada o tempo todo e ser capaz de continuar ensinando, capacitando e levando as pessoas a honrar e a glorificar a Deus. São os nossos exemplos, são as nossa atitudes que ensinam, não as nossas palavras. Nossas palavras trazem luz, entendimento e compreensão de uma ação realizada; mas não forma ninguém, não traz entendimento a ninguém.
Precisamos compreender que ser servo no reino de Deus, para a visão do mundo é a função mais humilhante que tem. Será considerado como louco, como um “sem noção”, como um “coitado”, como uma pessoa que não tem “orgulho próprio”. Tudo isso é verdade e precisamos aprender a ter a mesma atitude de Jesus, aquele que é o nosso mestre, e nos deixou o exemplo de como fazer.
Servir, no reino de Deus, não é uma opção, é um modelo de vida. Os valores do reino de Deus, comparado com os valores do mundo estão invertidos. Não precisamos esperar elogios do mundo se queremos servir a Deus, ser instrumento de mudança de vidas para o reino de Deus. Nós não podemos ser melhores e nem maiores e nem receber tratamento diferente que o nosso mestre recebeu.
Agora, precisamos entender, que não amanheceremos no dia seguinte, semelhantes a Jesus, mas sim, que temos que iniciar uma jornada, onde cairemos, onde nos machucaremos; mas o Espírito Santo nos conduzirá de forma a nos formar e a nos levar a sermos os verdadeiros líderes que Deus deseja. E devemos sempre lembrar, servir não é opção, é o único caminho dentro do reino de Deus. Não importa a quem devemos servir, mas devemos sempre servir.