Sermos cristãos ou religiosos?

O que queremos ser? Seguidores de Jesus, cristãos? Ou queremos ser simplesmente religiosos, como os fariseus, saduceus, escribas da época de Jesus? Queremos seguir ensinamentos de homem que não trazem a verdade e a vontade expressa do Senhor?

Mas mesmo que respondamos que queremos seguir a Jesus, o que temos feito para mudar a nossa realidade? Continuamos esperando que Deus faça mais milagres em nossas vidas e que amanheçamos completamente transformados no dia seguinte?

“”Aí Jesus chamou a multidão e os discípulos e disse: — Se alguém quer ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa e por causa do evangelho terá a vida verdadeira. O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira? Pois não há nada que poderá pagar para ter de volta essa vida. Portanto, se nesta época de incredulidade e maldade alguém tiver vergonha de mim e dos meus ensinamentos, então o Filho do Homem, quando vier na glória do seu Pai com os santos anjos, também terá vergonha dessa pessoa.” (Marcos 8:34-38, NTLH).

Mas o que é morrer para nós mesmos, para os nossos interesses? Simplesmente não seguir a orientação e o desejo de nosso pensamento e  vontade, como o mundo faz. Devemos pensar diferente, devemos mudar, como Paulo, pediu aos romanos:  “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. ” (Romanos 12:1-2, BEARA).

No novo nascimento, se entregamos as nossas vidas a Jesus para ser Senhor, fomos transformados, feitos novas criaturas, recebemos da natureza divina, do Espírito Santo, para viver conforme agrada a Deus. O que precisamos é compreender esta mudança, a libertação do poder do pecado (do viver debaixo do domínio da natureza humana), como Paulo afirmou: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. ” (Romanos 6:14, BEARA). Fomos libertos para viver a vontade de Deus, andar em comunhão, andar junto, como membros de um corpo, como igreja, a noiva de Cristo.

Precisamos entender que prédio não é igreja, igreja são pessoas que compartilham da mesma fé, da mesmas crença em Jesus Cristo, na salvação provida pela graça de Deus e não resultante de nossos esforços, e por sermos salvos e conhecedores da vontade  de Deus; não só praticamos as boas obras, como vivemos em união. Vivemos como corpo; sendo um. Quando somos um o Senhor será conhecido e glorificado através de nossas vidas. Não expressamos Deus individualmente; mas somente como igreja, como o corpo de Cristo; por isso precisamos estar atentos e nos preocupar com toda religiosidade e ensinamento humano, conforme palavras de nosso Senhor: “Jesus chamou a atenção deles, dizendo: — Fiquem alertas e tomem cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes!” (Marcos 8:15, NTLH).

“Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.” (João 17:18-23, BEARA).