Pode Deus nos abandonar?

“Quem dera que se cumprisse o meu pedido, e que Deus me concedesse o que anelo! Que fosse do agrado de Deus esmagar-me, que soltasse a sua mão e acabasse comigo!” (Jó 6:8-9, RA Strong). “Por que esperar, se já não tenho forças? Por que prolongar a vida, se o meu fim é certo?” (Jó 6:11, RA Strong). “Ensinai-me, e eu me calarei; dai-me a entender em que tenho errado. Oh! Como são persuasivas as palavras retas! Mas que é o que repreende a vossa repreensão?” (Jó 6:24-25, RA Strong). “Não é penosa a vida do homem sobre a terra? Não são os seus dias como os de um jornaleiro?” (Jó 7:1, RA Strong). “Lembra-te de que a minha vida é um sopro; os meus olhos não tornarão a ver o bem.” (Jó 7:7, RA Strong). “Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura jamais tornará a subir.” (Jó 7:9, RA Strong). “Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas nele o teu cuidado, e cada manhã o visites, e cada momento o ponhas à prova?” (Jó 7:17-18, RA Strong) . “Por que não perdoas a minha transgressão e não tiras a minha iniquidade? Pois agora me deitarei no pó; e, se me buscas, já não serei.” (Jó 7:21, RA Strong). “Ainda que o chamasse, e ele me respondesse, nem por isso creria eu que desse ouvidos à minha voz. Porque me esmaga com uma tempestade e multiplica as minhas chagas sem causa.” (Jó 9:16-17, RA Strong).

Quantos de nós e quantas vezes não nos colocamos diante de Deus a contender, a reclamar, a sentirmos abandonados, sem qualquer amparo, sem qualquer proteção? Quantas vezes nos colocamos diante do Pai a questionar e a indagar sobre pecados que cometemos e a pensarmos que o que estamos passando é uma punição pelo que fizemos? Quantas vezes nos colocamos diante do Senhor sentindo miseráveis, não dignos de qualquer ato de misericórdia porque achamos que somos culpados sem mesmo entender o porque?

Quando conheceremos e compreenderemos a misericórdia e a graça de Deus sobre as nossas vidas? Quando compreenderemos que este “aparente” abandono tem a ver com o nosso amadurecimento e crescimento? Quando entenderemos que não existe nada que possamos fazer para aumentar ou diminuir  a sua graça que nos é concedida em Cristo Jesus?

Diante das dificuldades, diante dos problemas que enfrentamos, diante da situação de sentirmos desprezados e não querido pelo Pai, precisamos lembrar das palavras que Paulo proferiu, sobre o amor de Deus para conosco: “Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 8:31-39, RA Strong).

Precisamos lembrar sempre, não existe nada que possa nos separar do amor do Pai. Não existe nada que possa diminuir a sua graça. Ele deseja sim, que cresçamos, que aprendamos. Deus não é mesquinho que nos puna por errarmos; mas deseja de nós, que tenhamos um coração como o de Davi, que tinha um coração íntegro e dependente do Pai, que errava, mas se arrependia e mudava de atitude. Um coração segundo o coração do Pai. Confiemos em nosso Deus e nele descansemos, em qualquer situação.