“Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;” (Colossenses 3:13, BEARA)
Somos seres, criados por Deus, com o foco no relacionamento. Não conseguimos viver sozinhos, não conseguimos nos isolar do mundo; porque precisamos de pessoas, precisamos desenvolver relacionamentos. Estes fazem parte de nossas vidas. Mas ao mesmo tempo que precisamos, também, são os relacionanentos que nos trazem mais problemas. Quando pensamos em nossos problemas, nas dificuldades que temos, nas nossas mazelas, a sua grande maioria está relacionado a mágoas, decepções, indiferenças, mal entendimento. Ou seja, tudo vinculado a relacionamento.
Como tratar desta questão? Como viver esta dicotomia? Como lidar com este aspecto? Precisamos, dependemos; mas é o principal foco de nossos problemas e dificuldades que enfrentamos.
Recentemente lendo um e-mail que comentava sobre este aspecto e que usou dois jogos parecidos, que usam os mesmos elementos na sua prática, mas que possuem posturas totalmente diferente: um é o tênis, o outro o frescobol. Ambos, dois jogadores, duas raquetes, uma bola.
O tênis tem por objetivo derrotar o adversário, encontrar o seu ponto fraco, devolver-lhe uma bola difícil de pegar. O objetivo do tênis é encontrar o ponto fraco e derrotar o outro, acabar logo com o jogo. E o frescobol? Tem como princípio e objetivo fazer diferente do tênis. Ou seja, buscar com que o jogo dure, devolver a bola para o colega de forma mais “redonda” possível, se um errou, o outro age de forma a recuperar e a manter a bola no jogo. Não importa quem erra, o objetivo é manter o jogo em andamento.
Relacionamento tem o mesmo fundamento. E temos o exemplo vindo do Criador. Quem errou? Nós homens. O que Deus fez? Promoveu a restauração do relacionamento, ou seja, enviou o seu filho para que pudéssemos ser reconciliados e termos comunhão com ele. Deus nos perdoou, antes mesmos de reconhecermos que somos pecadores.
Se queremos desenvolver relacionamentos que durem, devemos viver estes relacionamentos como um jogo de frescobol, adotando a mesma postura de nosso Deus, e seguindo os conselhos que Paulo dá ao irmãos de Colossos.
Manter relacionamentos, desenvolvê-los, aprofundá-los é fácil? Não, nunca foi, e nunca será. Existe fórmula mágica? Não, nunca existiu e nunca existirá. Precisamos compreender o que seja suportar, o que seja perdoar; pois se não entendermos, não viveremos o fundamento deste jogo, que deve estar firmado no mesmo princípio do frescobol: “manter a bola em jogo”. Não importar quem erra, não importar como lançou a bola, não importar como o outro fez; mas sim, a postura de cada um para manter a bola em jogo.
Queremos que dure? Temos que suportar as fraquezas, as limitações, temos que ter paciência, assim como o nosso Deus tem para conosco. Muitas vezes procuramos o caminho mais fácil e desistimos daquilo que é bom e pode ser maravilhoso para as nossas vidas.
O que queremos para o nosso casamento, para as nossas amizades? O quanto estamos dispostos a abrir mão do que pensamos, desejamos em favor do outro, para o seu amadurecimento e crescimento? O quanto estamos dispostos a deixar de sermos egoístas, orgulhos, arrogantes e prepotentes; para viver verdadeiros relacionamentos, seja no casamento, no relacionamento com amigos, ou irmãos? O quanto queremos manter a unidade do corpo? Nós confundimos unidade com pensar da mesma forma. Mas pior que pensar da mesma forma, é achar que todos tem a obrigação de pensar como “eu” penso.
Até quando seremos imaturos, crianças e não compreenderemos os fundamentos de vida que Deus deseja para nós. Somos membros do corpo, membros um do outro, não donos do corpo.
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